terça-feira, 15 de março de 2011

OMG News: Ana Luiza recebe alta da UTI e continua tratamento em SP

Em tratamento contra um tipo raro de câncer desde setembro de 2010, a pequena Ana Luíza Coelho,(foto) 7, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, onde está internada desde o dia 21 de fevereiro, para realização de quimioterapia de altas doses, que mata qualquer vestígio de célula cancerígena para evitar o retorno da doença, seguida do transplante autólogo, que utiliza células-tronco do próprio paciente em sua recuperação.

Segundo a mãe de Ana Luíza, Carolina Coelho, 28, a menina já está liberada da UTI, mas continua na unidade até que um apartamento seja liberado. Após a cirurgia, ela precisa ficar em um setor específico com cuidados especiais para pacientes que passaram por transplante e, no momento, área está cheia.

"Tem outros pacientes que também passaram por transplante e precisam desses cuidados específicos. A área tem ventilação diferenciada, entre outras coisas. Ela vai ser transferida assim que um apartamento for liberado", explicou Carolina, por telefone.

Tratamento

A quimioterapia, feita com três medicamentos durante 96 horas seguidas, começou no dia 1º de março e, por conta das altas doses de remédios, o sistema imunológico do paciente tende a ficar fragilizado. Ana Luíza contraiu pneumonia fúngica no terceiro dia do tratamento e por isso precisou ser transferida para a UTI.

A medula óssea também é prejudicada com o tratamento. Quando foi internada, no dia 21, Ana Luíza começou a tomar remédios para estimular a produção de células-tronco, que foram novamente implantadas na menina após a 'químio', para que sua medula voltasse a funcionar normalmente. "O papel das células-tronco no tratamento é só estimular o funcionamento normal da medula", explicou Carolina. Esse processo leva de seis a dez dias, de acordo com cada paciente.

Enquanto a medula de Ana Luíza não estava em seu estado normal, a menina precisava de quatro a cinco bolsas de sangue por dia, para repor hemácias e plaquetas. Atualmente, ela recebe uma bolsa de sangue a cada 12 horas.

#ForçaAnaLuiza

O caso de Ana Luíza ganhou visibilidade principalmente no Twitter, depois da criação da hashtag #ForçaAnaLuiza. A tag foi criada para estimular pessoas a doarem sangue para ajudar esse caso específico, mas acabou mobilizando internautas a doarem sangue em Manaus.

Como o Norte do País é uma região endêmica de malária, o sangue de doadores do Amazonas não pode ser utilizado em pacientes do Sul e Sudeste, onde não há ocorrência da doença. "Isso dificultou, porque nossos parentes não puderam vir para São Paulo doar sangue", contou Carolina.

Embora não pudessem contar com doações de parentes e amigos, os pais agradeceram àqueles que foram aos hospitais ajudar. "Doar sangue para parentes e amigos é uma coisa, mas quando pessoas doam sangue, em pleno Carnaval, para ajudar quem nem conhecem, é muito gratificante", disse.

VidAnormal

A necessidade de permanecer na UTI não abalou a menina. "Ela está muito animada, conversando muito e já está comendo normalmente", disse a mãe. Apesar da situação, Ana Luíza diz ter gostado de São Paulo, do clima e, principalmente dos parques da capital paulista. "Ela gostou que aqui tem muitos parques, coisa que ela não tinha visto em Manaus", disse a mãe.

Desde que iniciou o tratamento, a pequena, mas forte menina recebeu mais de cem cartinhas de colegas de Manaus. "Muitos ela nem conhecia. São colegas até de outras séries", revelou Carolina. Além da vida normal que levava antes da descoberta do câncer, esta é uma das coisas que Ana mais sente falta - os coleguinhas.

Para que parentes e amigos amazonenses acompanhem e tenham notícias de Ana Luíza, seus pais criaram o blog VidAnormal (www.vidanormal.blogspot.com), onde compartilham o progresso do tratamento da menina.

Fonte D24am.com

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