Continua a polêmica sobre a possibilidade de o pastor e deputado federal Marco Feliciano, do PSC de São Paulo, assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Após movimentos LGBTS, e de grupos esquerdistas pedirem que o PSC indique outra pessoa, surgiu uma petição online no Avaaz contra a indicação, que foi prontamente respondida com uma petição favorável, assinada por apoiadores do pastor.
Curiosamente, a Rede Fale, é um grupo evangélico que também está fazendo uma campanha online contrária ao deputado. O problema principal é ele ser despreparado. No texto divulgado fica clara sua postura, ao afirmarem “o Deputado Federal Pr. Marco Feliciano não tem atuação parlamentar prévia em nenhum tema que o habilite para assumir este cargo, correndo grande risco de representar de maneira equivocada diferentes segmentos da sociedade que ainda experimentam a violação de seus direitos, bem com de como de prejudicar a imagem dos cristãos evangélicos em nosso país”.
Ainda que possam acusá-los de não serem “evangélicos de verdade”, a Rede Fale se descreve como “pessoas que oram e agem contra a injustiça em nosso país e no mundo, com especial atenção para os aspectos econômicos e seus efeitos na desigualdade e na ampliação da miséria”. Em seu site, existe uma declaração de fé coerente com qualquer igreja evangélica do país e um pequeno histórico, mostrando que ela está ligada à Aliança Bíblica Universitária do Brasil.
Além da campanha nas redes sociais, estimulando que evangélicos e não evangélicos se posicionem sobre o assunto, ele iniciaram uma petição contrária a Feliciano.
O principal argumento da Rede Fale é que a “Presidência da Comissão de Direitos Humanos deve ser ocupada por alguém com profundo compromisso com os Direitos Humanos inscritos na Constituição, além do enfrentamento da tortura, do tráfico de pessoas, do trabalho escravo, a violência e corrupção policial, bem como a proteção de pessoas ameaçadas de morte. A Rede entende que o deputado Marco Feliciano não possui estas características e por isso consideramos inaceitável que ele assuma este cargo”.
Entendendo que sua atitude possa causar estranheza, eles explicam que o deputado no passado deu declarações “preocupantes” ao dizer que “africanos descendem de ancestral amaldiçoado de Noé” e que a “AIDS é o câncer gay”. Por isso a Fale se justifica “para nós evangélicos, a situação complica mais ainda quando um político que afirma nos representar e estar lutando em favor do povo de Deus. É essa a imagem pública que desejamos compartilhar para nosso povo?”.
Contudo, eles não querem apenas que os evangélicos se posicionem contrários a Feliciano, mas fazem alguns pedidos de oração:
“1. Oremos para que a Igreja Evangélica se envolva de forma qualificada na temática dos Direitos Humanos e reconheça que essa demanda faz parte de sua Missão;
2. Oremos em favor da escolha de pessoas qualificadas na Comissão de Direitos Humanos e Minorias e para que os debates aconteçam de forma respeitosa e civilizada;
3. Oremos para que todos que não gozam de plenos direitos e tem suas vidas postas em risco tenham seus anseios de vida plena contemplados e pleiteados por toda sociedade brasileira”. Com informações de Rede Fale.
Fonte: Gospel Prime
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