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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Educação: Brasil aparece em penúltimo no ranking mundial

Divulgado nesta terça-feira (27), o índice de qualidade elaborado pela empresa Pearson, de materiais e serviços educacionais, coloca o Brasil na penúltima posição da lista, atrás de nações como Colômbia, Tailândia e México. Apenas os estudantes da Indonésia perdem para os brasileiros. Foram avaliados 39 países mais a região de Hong Kong.

O indicador, batizado Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais, foi feito com base em três testes internacionais de educação: o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o documento Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e o Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS). Essas avaliações compreendem o aprendizado de matemática, leitura e ciências durante o ciclo fundamental (1º a 9º ano).

No topo do ranking, figuram Finlândia, na primeira posição, e Coreia do Sul, na segunda. “Ao comparar os sistemas educacionais dos dois países pode ser difícil imaginar resultados semelhantes obtidos a partir de sistemas tão diferentes: o último é frequentemente caracterizado como rígido e de intensa carga de provas e avaliações. Já o sistema finlandês é considerado muito mais tranquilo e flexível. Um exame mais detalhado, porém, mostra que ambos se desenvolvem por meio de professores altamente qualificados, cujos resultados são mensurados”, diz o estudo.

Além do Índide Global, a Pearson lançou nesta terça-feira o portal The Learning Curve (ou “A curva do aprendizado”), site que traz informações dos sistemas educacionais de 50 países. Índices, vídeos, indicadores, cases, artigos, mapas, dados socioeconômicos, infográficos podem ser acessados na nova plataforma.

Confira o ranking e deixe o seu comentário no Verdade Gospel:

1. Finlândia

2. Coreia do Sul

3. Hong Kong

4. Japão

5. Cingapura

6. Grã-Bretanha

7. Holanda

8. Nova Zelândia

9. Suíça

10. Canadá

11. Irlanda

12. Dinamarca

13. Austrália

14. Polônia

15. Alemanha

16. Bélgica

17. Estados Unidos

18. Hungria

19. Eslováquia

20. Rússia

21. Suécia

22. República Tcheca

23. Áustria

24. Itália

25. França

26. Noruega

27. Portugal

28. Espanha

29. Israel

30. Bulgária

31. Grécia

32. Romênia

33. Chile

34. Turquia

35. Argentina

36. Colômbia

37. Tailândia

38. México

39. Brasil

40. Indonésia

Fonte: Veja

sábado, 20 de agosto de 2011

OMG News : Com 425 mil professores de religião, país ainda não tem critérios claros para formação na área

Na rede estadual do Rio de Janeiro, por exemplo, para ser professor de ensino religioso, basta ter licenciatura em qualquer disciplina.

Um professor capaz de abordar aspectos de todas as religiões, sem privilegiar nenhuma delas. Especialistas em educação acreditam que esse deve ser o perfil do profissional responsável pelas aulas de ensino religioso, cuja oferta é obrigatória nas escolas públicas de ensino fundamental do país. Mas, como cada unidade da federação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é responsável por definir critérios para contratação dos profissionais, não há um parâmetro que estabeleça as qualificações e competências mínimas desses professores, que hoje somam 425 mil em todo o país.

Segundo dados do Censo Escolar de 2010, a atividade é exercida majoritariamente pelas mulheres - 88% dos responsáveis pela disciplina são do sexo feminino. Mais da metade (56%) tem ensino superior completo com formação nas mais variadas áreas. Biólogos, historiadores, químicos, licenciados em letras e até matemáticos assumem, nas salas de aula, a função de professor de ensino religioso. A maioria tem formação em ciências da educação (em geral, graduados em pedagogia) – 63 mil dos 425 mil que exercem a função.

Na rede estadual do Rio de Janeiro, por exemplo, para ser professor de ensino religioso, basta ter licenciatura em qualquer disciplina. O estado conta com 600 docentes concursados e uma nova seleção deve ser aberta ainda este ano para preencher 300 vagas. As aulas são oferecidas em 470 das 1.454 escolas estaduais. Segundo a coordenadora de Ensino Religioso da Secretaria de Educação, Maria Beatriz Leal, há déficit de professores.

Há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores da capital fluminense que prevê a ampliação da oferta da disciplina para as cerca de mil escolas municipais. A recepcionista Jussara Figueiredo Bezerra tem dois filhos, um de 10 e um de 8 anos, que estudam em uma escola municipal da zona sul. Evangélica, ela acompanha com certo receio o debate sobre a proposta porque acredita que esses valores devem ser transmitidos em casa, pela família.

“Quem são os professores que vão dar as aulas de religião? Será que eles serão imparciais? Além disso, com tantas dificuldades e carências que o ensino público já enfrenta, por que gastar dinheiro com isso? Esses recursos poderiam ser usados de outra forma, para melhorar a estrutura já existente nas escolas. Quem quiser aprender mais sobre uma religião deve procurar uma igreja ou uma instituição religiosa”, disse.

Em Brasília, Lídia Said trabalha, há 20 anos, como professora de ensino religioso para turmas do 5º e 6º anos do ensino fundamental. Graduada em educação física e psicologia, a educadora defende que a disciplina é importante para a formação dos jovens e que as orientações curriculares da Secretaria de Educação do Distrito Federal são suficientes para assegurar um conteúdo que não privilegie nenhuma crença. “Seria impossível alguém falar que nós temos que trabalhar todas as religiões porque a cada dia surge uma nova. Mas os grandes grupos a gente consegue trabalhar”, diz, mostrando um livro com informações e imagens sobre símbolos de diferentes credos.

O caminho encontrado por Lídia para contemplar essa diversidade é abordar o que ela chama de valores universais de todas as crenças, como o respeito ao próximo e a paz. “O nosso programa trabalha a formação da pessoa. Quem não quer ter uma vida mais segura em relação à violência ou à corrupção? Isso quem fornece é a formação religiosa e não outra disciplina. O ensino religioso trabalha uma busca interna, que é de todo o ser humano, independentemente da sua crença”, defende a professora.

Católica, Lídia não costuma perguntar aos alunos qual a religião de cada um, mas estimula que eles troquem informações sobre as diferenças em rituais ou princípios em que acreditam. “Isso me ajuda [não saber a religião de cada um] porque sei que tenho que usar uma linguagem muito neutra e com o foco sempre em Deus”, conta.

Nas aulas entram temas como a morte da cantora Amy Winehouse –que Lídia aproveitou para falar sobre o uso de drogas e a valorização da vida –até passagens bíblicas. Se os alunos perguntam sobre sexo, ela também fala sobre o tema.

Segundo a professora, muitos estudantes contam que não tem o hábito de frequentar espaços religiosos, e a maioria das famílias não se preocupa com esse tipo de formação. “E isso, para mim, é mais um motivo para que a escola tenha formação religiosa. Ele precisa saber que Deus existe, seja Alá ou Jeová. Ele precisa saber que Deus existe e que ele [aluno] é amado. A escola pode despertar isso”, avalia.

O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper) defende a importância da disciplina nas escolas, mas reconhece a necessidade de que se estabeleçam critérios claros sobre a formação profissional para que os princípios constitucionais – laicidade do Estado e obrigatoriedade do ensino religioso sem proselitismo – sejam respeitados.

“Uma pessoa sem formação dificilmente conseguirá falar com base em um ponto de vista científico sobre essa diversidade religiosa. A gente precisa ter uma formação que consiga trazer a diversidade com propriedade, com olhares das várias ciências humanas e sociais para que o olhar do professor seja o mais amplo possível, que ele se dispa de preconceitos e que, embora tenha seu credo ou não, ele possa trabalhar com bastante seriedade e sem proselitismo na prática pedagógica”, defende Elcio Cecchetti, coordenador da entidade.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MG News : Pastor aconselha pais a prestarem mais atenção aos filhos

O pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), Paulino Alberto Sandi, aconselhou nesta quinta-feira, no Luena (Moxico), os pais a prestarem mais atenção e apoio aos seus filhos.
Falando à Angop, no final do seminário provincial sobre a criança, o prelado recorreu a Bíblia Sagrada para aconselhar os encarregados de educação a seguirem a bondade, segundo a qual, “fortificai, multiplicai-vos e enchei a terra”.
Para tal, acrescentou ser preciso amor, carinho e espírito de misericórdia para uma educação condigna dos filhos, como continuadores da família e da nação em geral.
Segundo o pastor, os pais devem conjugar esforços para educar os filhos dentro do lar, com vista ao resgate dos valores cívicos e morais. Aos filhos aconselhou a cooperarem com os pais e encarregados de educação, para o seu bem-estar social, económico e cultural, pois, segundo ele, Deus disse “vós filhos sede obedientes aos vossos pais”.
Por sua vez, as crianças numa nota lida na ocasião enalteceram o Governo e seus parceiros sociais na procura de soluções para os problemas que os aflige, ao adoptar os 11 compromissos que reflectem a protecção e cumprimento dos seus direitos elementares.
O encontro visa preparar a participação no IV Fórum Nacional sobre a Criança, que decorrerá de 01 a 16 de Junho, em Luanda. Na reunião, que termina ainda hoje, quinta-feira, participam directores e delegados provinciais, administradores municipais, magistrados judiciais e do Ministério Público, bem como representantes da sociedade civil.
Fonte: Angola Press

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Estudos mostram impactos de novela nos comportamentos sociais

Famosas há muito por mostrar praias maravilhosas, personagens carismáticos e representações realistas da vida e das aspirações da classe média, as novelas brasileiras ajudaram a moldar as idéias das mulheres sobre divórcio e filhos de maneira crítica, segundo dois estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ambos os estudos analisam o papel da televisão e das novelas em influenciar mudanças significativas nas taxas de fertilidade e divórcio no Brasil nas três últimas décadas.
As taxas de fertilidade no país caíram mais de 60% desde a década de 1970 e os divórcios aumentaram mais de cinco vezes desde a década de 1980. Durante o mesmo período, a presença de aparelhos de televisão teve uma elevação de mais de dez vezes, estando hoje em mais de 80% das residências.
As descobertas dos dois estudos, Novelas e Fertilidade: Evidências do Brasil, e Televisão e Divórcio: Evidências de Novelas Brasileiras, podem ter implicações importantes para os governos de países em desenvolvimento.
As autoridades desses países com freqüência têm dificuldade para educar a população em questões sociais e de saúde pública fundamentais devido à alta taxa de analfabetismo e aos níveis limitados de circulação de jornais e de acesso à internet.“A televisão desempenha um papel crucial na circulação de idéias, em particular em nações em desenvolvimento com uma forte tradição oral, como o Brasil,” disse o economista do BID Alberto Chong, um dos autores dos estudos. “Os artigos sugerem que alguns programas de televisão podem ser uma ferramenta para transmitir mensagens sociais muito importantes que ajudem, por exemplo, a lutar contra a disseminação da epidemia de Aids e promover a proteção dos direitos de minorias.”Os dois estudos centram-se na expansão da Rede Globo, o maior grupo de mídia do Brasil e a quarta maior rede de televisão comercial do mundo.
A Globo tem ampla cobertura nacional: suas transmissões foram expandidas para 98% dos municípios do país na década de 1990, atingindo 17,9 milhões de residências, em comparação com praticamente zero em meados da década de 1960.
A rápida expansão da Globo durante esses anos e a mudança acentuada de alguns indicadores sociais brasileiros oferecem um campo fértil para pesquisas.
Os estudos realizam uma série de testes econométricos com resultados estatísticos consistentes. Utilizam dados demográficos amplos e informações detalhadas sobre a expansão da cobertura dos sinais de televisão e sobre o conteúdo das novelas no Brasil nas três últimas décadas.
Impacto da televisão
Os estudos mostram que a televisão teve um papel importante na influência das percepções das mulheres sobre casamento e família de 1970 a 1991, ao lado de outros fatores bem estudados como aumento dos níveis de instrução e do acesso a contracepção e algumas políticas governamentais.
O primeiro estudo encontrou que as taxas de fertilidade, ou o número de nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, foram significativamente mais baixas em áreas do Brasil alcançadas pelo sinal da rede Globo do que em áreas que não recebiam o sinal.
O impacto sobre o comportamento foi mais forte entre mulheres de famílias pobres e mulheres no meio ou no final de seus anos reprodutivos, sugerindo que a televisão influenciou a decisão de parar de ter filhos, e não de quando deveriam começar a ter filhos.
Em geral, a probabilidade de uma mulher ter um filho em áreas cobertas pelo sinal da Globo caiu 0,6 ponto percentual a mais do que em áreas sem cobertura. A magnitude do efeito é comparável à de um aumento de 2 anos no nível de escolaridade das mulheres.
Não houve impacto nas taxas de fertilidade no ano anterior à entrada do sinal da Globo. A exposição constante às famílias menores e menos oneradas que aparecem na televisão pode ter criado uma preferência por ter menos filhos, disse Chong.
A pesquisa de Chong sobre fertilidade e televisão também revelou um impacto relacionado sobre a taxa de divórcios.
Embora os dados de apoio não fossem tão amplos, Chong encontrou que a porcentagem de mulheres separadas ou divorciadas também é maior em áreas que recebem o sinal da Globo, em particular em pequenas comunidades em que uma alta proporção da população tem acesso às transmissões da emissora.
Essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas. O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo, de acordo com Chong.
O impacto é comparável a um aumento de 6 meses no nível de instrução de uma mulher, o que é um efeito muito significativo quando se leva em conta que a escolaridade média das mulheres no período era de 3,2 anos.
Influência das novelas
Sessenta a oitenta milhões de brasileiros assistem regularmente a novelas noturnas em português. A Globo domina a produção nacional de novelas, as quais geralmente mostram um modelo de família muito específica: pequena, atraente, branca, saudável, urbana, de classe média ou alta e consumista.
O cenário, na maioria das vezes, são as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Em geral, as famílias mais felizes nas novelas são pequenas e ricas, enquanto as famílias mais infelizes são mais pobres e com mais filhos.
Os estudos analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999 nos dois horários de maior audiência: 19 e 20 horas.
Sessenta e dois por cento das principais personagens femininas não tinham filhos e 21% tinham apenas um filho. Vinte e seis por cento das protagonistas femininas eram infiéis a seus parceiros.Os enredos das novelas com freqüência incluem críticas a valores tradicionais.
Por exemplo, o sucesso de 1988 da rede, a novela Vale Tudo, apresentava uma protagonista que era capaz de roubar, mentir e enganar a fim de alcançar o seu objetivo de ficar rica a qualquer custo.
A Globo também trouxe para a tela estilos de vida modernos e emancipação feminina em novelas como Dancing Days, transmitida em 1978, em que a protagonista feminina era uma ex-presidiária lutando para reconstruir sua reputação e recuperar o amor de sua filha adolescente.
A redução das taxas de fertilidade foi maior em anos imediatamente seguintes à exibição de novelas que incluíam casos de ascensão social, e para mulheres com idades mais próximas da idade da protagonista feminina da novela.
As novelas também influenciaram a escolha dos nomes dos filhos. A probabilidade de que os 20 nomes mais populares em uma determinada área incluíssem um ou mais nomes de personagens de uma novela exibida naquele ano foi de 33% se a região recebesse o sinal da Globo.
Em regiões sem acesso à Globo, a probabilidade foi de apenas 8,5%. "Há ainda indicações sugestivas de que o conteúdo das novelas tenha influenciado também as taxas de divórcio", de acordo com Chong. "Quando a protagonista feminina de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto percentual."
Globo versus SBT
A expansão do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a segunda maior rede de televisão do Brasil, não afetou as taxas de fertilidade no país durante o mesmo período.Os estudos atribuem esse resultado a diferenças de conteúdo.
As novelas da Globo são escritas por autores brasileiros e produzidas no Brasil, enquanto a maioria das novelas do SBT é importada do México, ou usa enredos importados.
"Para afetarem o comportamento, os programas têm que ser percebidos como representações realistas da sociedade brasileira", disse Chong.
"O público consegue se identificar facilmente com as situações apresentadas nas novelas da Globo." As novelas da Globo também têm produção muito mais cara do que as produzidas no México ou em outros países latino-americanos.
A Globo gasta em média cerca de US$ 125.000 por capítulo de novela, ou cerca de 15 vezes mais do que qualquer rede da América Latina.
Além disso, as novelas da Globo são filmadas em locais facilmente reconhecíveis e mostram um ambiente de classe média típica que a maioria dos espectadores pode identificar, qualquer que seja a sua situação socioeconômica.
Serviço: Eliana Ferrara, economista da Bocconi University, foi co-autora do artigo sobre divórcio, junto com Chong.
A economista do BID Suzanne Duryea foi co-autora do estudo sobre fertilidade, com Chong e Ferrara.

Fonte: Canal Executivo

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