quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Bispo Marcelo Crivella fica fora da disputa eleitoral no Rio

A capital do Estado mais evangélico do Brasil não terá um prefeito evangélico nos próximos quatro anos. O candidato à prefeitura municipal do Rio de Janeiro, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, candidato pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), ficou fora do segundo turno da disputa eleitoral.Até setembro, o candidato do PRB aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e, confirmada a tendência, iria ao segundo turno para a disputa da prefeitura com o candidato do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Eduardo Paes.Paes recebeu 1,04 milhão de votos (31,98%) dos eleitores da capital carioca, mas em segundo lugar, com 839,9 mil (25,61%) votos, ficou o candidato do Partido Verde, Fernando Gabeira. Crivella teve que se resignar com o terceiro lugar, entre 12 candidatos, ao receber 625,2 mil (19,06%) sufrágios.O site da Folha Universal, da IURD, culpou o jornal “O Globo”, da família Marinho, pela queda de Crivella na disputa eleitoral.“Na edição de domingo (28), no alto da página, à esquerda, há uma chamada em destaque que anuncia: `Gabeira sobe e agita reta final da eleição’. A afirmação nada mais é que uma interpretação casuística de duas pesquisas eleitorais realizadas pelos institutos Ibope e Datafolha, e que apresentam significativa discrepâncias nos resultados”, arrola a Folha Universal.Sob o título de “À espera de alianças”, o jornal O Globo publicou, na mesma edição, “somente fotos dos principais adversários de Crivella”, sugerindo, desta forma, que o candidato do PRB “já estaria fora da briga pela prefeitura do Rio”,denuncia o jornal.A Folha Universal assinala, ainda, que as fotos de ações de Crivella ficaram fora do jornal, mas que nas matérias envolvendo os seus adversários sempre tiveram lugar para “comentários maldosos” contra o candidato do PRB.Em entrevista ao jornal “O Dia”, ainda antes da eleição, Crivella assegurou que a IURD não teria envolvimento na administração municipal. “Eu não fui senador evangélico”, disse, referindo-se ao seu mandato no Senado da República. Crivella disse na entrevista que daria autorização para eventos do candomblé, da umbanda e para a parada gay na Avenida Atlântida. O senador revelou que a Bíblia é o livro da vida dele, mas também citou o romance “O amor no tempo do cólera”, de Gabriel Garcia Marques.O candidato do Partido Verde cresceu na reta final da campanha. Um mês antes das eleições, que ocorreram no domingo, 5, Gabeira aparecia nas pesquisas com 5% a 7% dos votos do eleitorado do Rio. Gabeira é deputado federal no quarto mandato.
Fonte: ALC

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