
Cerca de 13 mil cristãos foram expulsos de Mossul por ameaças e ataques de extremistas islâmicos neste mês, disse Ron Redmond, porta-voz do alto comissariado da ONU para os Refugiados.
Os 13 mil cristãos representam mais da metade da comunidade cristã na cidade, que existe em Mossul quase desde o começo da religião cristã. "Muitos fugiram com pouco dinheiro e precisam de ajuda", disse Redmond em Genebra, onde fica o quartel-general do Alto Comissariado.
Ele contou a história de uma mulher cristã, uma enfermeira, que disse ao Alto Comissariado que as ameaças começaram há alguns meses, com chamadas por telefone, cartas e mensagens deixadas sob o batente das portas das casas.
Outra mulher disse que fugiu quando ouviu dizer que um cristão havia sido assassinado. "Nós nunca queríamos deixar o Iraque, mesmo com o ambiente tenso", disse a mulher, que fugiu para a Síria, ao Alto Comissariado.
A agência entregou suprimentos a mais de 1,7 mil famílias cristãs que agora estão dispersas no norte do Iraque, disse Redmond.
Muitos vivem em igrejas, mosteiros e casas de parentes em vilarejos cristãos próximos a Mossul.
Acredita-se que islâmicos sunitas extremistas estejam por trás dos ataques e das ameaças, que ocorreram após forças americanas e iraquianas terem lançado uma operação em Mossul, há alguns meses, para esmagar a Al-Qaeda na região. Mas nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques.
Fonte: JC Online
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