sábado, 8 de novembro de 2008

P&G: Empresa acusada de envolvimento com o satanismo foi vítima de boatos e difamações

Vivemos em um tempo onde, com o advento da informática e da Internet, a informação ganhou uma velocidade nunca antes imaginada. Se antigamente uma má notícia andava a passos largos, que dirá hoje com essas novas tecnologias? Uma das mais recentes vítimas de calúnia e difamação que se alastrou vertiginosamente no universo virtual e ganhou força entre as comunidades evangélicas no Brasil foi a multinacional do ramo de alimentação, produtos de limpeza e medicamentos, a Procter & Gamble.

Já em 1981-82, pela primeira vez, depois em 1984-85, e posteriormente em 1990, a empresa foi acusada de patrocinar o movimento satanista em todo o mundo, causando enorme prejuízo à sua imagem. Agora esse boato voltou com força novamente por meio de um boletim que circula nas igrejas sob o título "Alertas aos Cristãos", cujo texto narra que um dos altos executivos da Procter & Gamble tenha participado do programa de entrevista de Phil Donahue - EUA e do programa Sally Jessy Raphael EUA, algo parecido com os programas de Jô Soares e Marília Gabriela, no Brasil.
E que nesses programas ele tenha afirmado que a P&G aplicava dinheiro na expansão da "igreja de satanás", da qual era membro. E que teria sido questionado pelo apresentador se ele não temia um boicote aos produtos da empresa, fazendo uma declaração dessa natureza, pergunta à qual teria respondido: não há cristãos suficientes no mundo para prejudicar a nossa empresa.
Essa difamação à qual a P&G foi submetida nessa nova onda chegou ao conhecimento do ICP no final do ano passado, quando também fomos procurados por Sylvia Weiss Chan, coordenadora do Departamento de Relações Externas da empresa, que solicitava nosso apoio para o esclarecimento desses rumores. O ICP então, prudentemente, passou a investigar o caso em contato com o Christian Research Institute (o ICP nos EUA) e outros contatos que temos, chegando às conclusões que aqui apresentaremos com base nas mais seguras fontes e documentos e pelo fato de verificar que esse boato ainda permanece circulando em nosso meio. O que só ajuda a criar um estigma de que somos um povo radical, extremista e simplista.
Embora por si só a natureza da notícia pareça absurda e desprovida de provas cabais, muitos veículos evangélicos de informações aqui no Brasil a publicaram, e o conselho que está sendo passado é que os crentes não comprem produtos da empresa, entre eles o sabão em pó Ariel, as batatas Pringles, fraldas Pampers etc. Esses veículos de informação tiveram de se retratar posteriormente por falta de provas.
Parece nos faltar um pouco da qualidade dos crentes bereanos, pois temos uma inclinação a crer em tudo que ouvimos, sem, de antemão, aferir a autenticidade das informações, é o famoso "comer pelas mãos dos outros".
Conforme mencionado acima, a acusação baseia-se na notícia que um dos diretores da empresa tenha feito essas declarações nos programas citados. Mas, uma vez que (veja aqui o fac-símile A) consta a afirmação oficial do responsável de um dos programas que nenhum executivo da P&G jamais tenha ido a esses programas, a notícia perde toda a sua autenticidade, reforçando a tese de que tudo não passa de calúnias circuladas pela concorrência.É simples. Tira-se o pilar principal para que toda a estrutura venha abaixo por falta de sustentabilidade.
Como foi o caso do Código da Bíblia, matéria que mereceu capa de Defesa da Fé em janeiro deste ano e que estava ganhando espaço em nossas igrejas. Por exemplo: o código baseia-se na afirmação que todos os manuscritos da Bíblia são iguais, sendo isso necessário para validar o método de contagem que Eliyahu Rips criou. Mas, uma vez que haja diferença significativa de grafia e letras, (e há muitas) entre os manuscritos tornando-os diferentes nesses aspectos (como de fato são conforme qualquer estudioso pode verificar) logo o código fica invalidado, e se há nele algo de sobrenatural não é de uma fonte divina.
Assim também é válido o mesmo raciocínio em relação à acusação sofrida pela P&G.
Ocorre que a Internet tem possibilitado aos hackers (experts em programação de informática) "plantar" notícias inverídicas em nome de organizações e empresas, causando uma enorme confusão até que tudo venha a ser esclarecido oficialmente.Recentemente também ouvimos, com as mesmas características do caso da P&G, uma informação que o papa João Paulo II estava se reunindo com líderes de diversas religiões mundiais, como o islamismo, budismo e outras e que organizava uma maciça perseguição às outras religiões minoritárias e principalmente aos evangélicos de todo o mundo.
O ICP soube que houve até vigília nesse sentido, e fomos bastante procurados sobre isso. É muito difícil que seja verdadeira essa informação, pois a tendência do mundo é o ecumenismo-pluralista religioso, método muito mais estratégico e eficiente que a perseguição, e esses líderes sabem disso.
O ecumenismo confunde, enquanto a perseguição une.Nossa intenção aqui é trazer esse esclarecimento às nossas igrejas, e evitar que se envolvam com afirmações infundadas atraindo processos judiciais como já está ocorrendo com alguns desses veículos que difundiram a notícia. No mais, qualquer informação que o ICP receber que venha constatar esses fatos, reportaremos à Igreja a quem estamos servindo com dedicação. Apresentamos aqui, ainda, declarações de pessoas dignas de nossa confiança que redigiram notas em favor da empresa citada, como segue (Cartas B, C) cartas da Associação Evangelística Billy Graham, e do Concilio Geral das Assembléias de Deus dos EUA ....Porque não há coisa encoberta que não haja de manifestar-se, nem coisa secreta que não haja de saber-se e vir à luz. Vedes pois como ouvis (Lucas 8.17).


Jamierson Oliveira - Gerente Editorial Revista Defesa da Fé, junho 2000





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