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De modo geral, na China 2.027 pessoas foram perseguidas por causa de sua fé cristã. “A perseguição mais severa em 2008 está relacionada com os Jogos Olímpicos”, afirma a reportagem. “Não é difícil compreender, pois quando o governo realiza grandes projetos sociais, implementa-se uma séria repressão para manter a aparência de estabilidade ao espalhar o medo entre a população.” Perseguição, como definiu a reportagem, inclui ameaças, multas excessivas, propriedades confiscadas, interrogatórios, prisões e abusos.
A China é um país oficialmente católico, e seus cidadãos não podem cultuar, ao menos que seja em uma igreja registrada e supervisionada pelo governo. Dezenas de milhares de cristãos (número estimado em mais de 100 milhões) se recusam a cultuar em igrejas controladas pelo governo.
Esses cristãos “clandestinos” ou “não registrados” cultuam secretamente em suas casas, correndo o risco de serem presos, multados, ou aprisionados pelos oficiais do escritório de segurança pública. Os membros de igrejas não registradas argumentam que o governo não deveria ser o líder da igreja, e restringir o lugar em que devem cultuar é infringir a liberdade religiosa.
Recentemente, as organizações reconhecidas pelo governo demonstraram o desejo de ajudar as igrejas não registradas da China, providenciando Bíblias para os membros. Na China, somente as igrejas registradas podem vender Bíblias.
A venda e distribuição das Escrituras é extremamente controlada, para que não sejam importadas ou vendidas em livrarias comuns. Como resultado, é difícil para as igrejas não registradas terem um exemplar da Bíblia. No ano passado, organizações se reuniram com os líderes de igrejas para propor um trabalho conjunto para criar a Igreja protestante chinesa e auxiliar os pastores com os problemas teológicos que a igreja enfrenta. Segundo o governo americano e a Portas Abertas Internacional, apesar de a China estar longe de ser um país respeitável no que diz respeito à liberdade religiosa, já fez grandes progressos. O país caiu duas posições na Classificação de países por perseguição de 2009 da Portas Abertas Internacional.
Uma reportagem feita pela China Aid mostra que a China ainda tem sérios problemas de liberdade religiosa, talvez muito bem mascarados pelo governo. Durante as Olimpíadas, o governo fez uso de métodos sutis para perseguir os cristãos, como prender somente líderes de igrejas não registradas importantes, e não grupos de cristãos como nos anos anteriores. O número de pessoas condenadas também aumentou.
Os números demonstram um total de 119%, de 16 para 35 pessoas. O número de maltratados subiu de 35 para 60 pessoas. Afirma-se que essa é só a ponta do iceberg e, na verdade, a perseguição aumentou muito mais. As informações se referem a maior parte das províncias e envolvem diversos tipos de perseguição. “É o suficiente para mostrar a situação geral e o grau de perseguição às igrejas não registradas.”
Fonte: Portas Abertas
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