Cerca de 1.500 participaram neste domingo, em São Paulo, de uma manifestação contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, marcada para o próximo dia 23. O protesto --que teve início na praça dos Arcos-- foi organizado pela Frente pela Liberdade do Irã e reuniu membros de diversos movimentos sociais e grupos religiosos.Manifestações ocorreram simultaneamente em dez capitais brasileiras neste domingo (15). Além de São Paulo, atos foram realizados em Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Belém (PA), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Nesta semana, um protesto também deve ocorrer no Rio de Janeiro. No Distrito Federal, o ato ocorrerá no dia 23 --mesmo dia da visita--na Esplanada dos Ministérios.Segundo Boris Ber, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo e um dos organizadores do movimento em São Paulo, o ato "não é contra o povo do Irã", e sim "contra o presidente iraniano, que nega deliberadamente o Holocausto" e prega "o fim do Estado de Israel"."Alguém que nega a história e não fala de futuro, como disse [o presidente israelense] Shimon Peres, que visitou o Brasil nesta semana, não agrega nada ao Brasil", disse Ber. Para ele, mesmo uma relação estritamente comercial com o Irã "não significaria muito para o Brasil".Outra crítica dos manifestantes sobre a visita de Ahmadinejad ao Brasil é a negação da existência de homossexualidade em seu país. Segundo Eduardo Piza Gomes de Melo, advogado e participante da ONG Instituto Edson Néris, Ahmadinejad "institucionalizou a homofobia", fazendo a homossexualidade ser considerada crime no Irã e punida com pena de morte."Em um país que tem 70 milhões de habitantes, isso significa que ele ignora a existência de 5 a 7 milhões que são gays e lésbicas. Além disso, exerce uma violência, uma repressão brutal contra a livre orientação sexual das pessoas", disse Gomes de Melo.
IntolerânciaPara o babalorixá Francisco de Osun, presidente do Instituto Afro religioso Ilé Asé Iyá Osun, "como chefe de Estado, Ahmadinejad tem o direito de vir ao Brasil, visitar o presidente Lula e fazer negócios". No entanto, "não pode se aproveitar dessas viagens internacionais para fazer ameaças a qualquer povo".Para o bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, o presidente do Irã é "um déspota" e o presidente Lula, apesar de recebê-lo no Brasil, deveria manter "uma posição marcante e de inconformidade contra as declarações de Ahmadinejad"."Uma vez que o Brasil está crescendo e se colocando entre as maiores nações do mundo, não podemos aceitar a intolerância e a discriminação", disse Castro.Recém-fundada, a Frente pela Liberdade do Irã diz reunir "membros de movimentos negros, grupos de defesa dos homossexuais, professores universitários e organizações da comunidade judaica, evangélica e bahai, entre outras". Segundo o grupo, o objetivo dos protestos é "questionar o estreitamento de laços diplomáticos do Brasil com o governo de Ahmadinejad", que "pratica ações antidemocráticas e contra as liberdades dos cidadãos".
Fonte: FOLHA ONLINE
IntolerânciaPara o babalorixá Francisco de Osun, presidente do Instituto Afro religioso Ilé Asé Iyá Osun, "como chefe de Estado, Ahmadinejad tem o direito de vir ao Brasil, visitar o presidente Lula e fazer negócios". No entanto, "não pode se aproveitar dessas viagens internacionais para fazer ameaças a qualquer povo".Para o bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, o presidente do Irã é "um déspota" e o presidente Lula, apesar de recebê-lo no Brasil, deveria manter "uma posição marcante e de inconformidade contra as declarações de Ahmadinejad"."Uma vez que o Brasil está crescendo e se colocando entre as maiores nações do mundo, não podemos aceitar a intolerância e a discriminação", disse Castro.Recém-fundada, a Frente pela Liberdade do Irã diz reunir "membros de movimentos negros, grupos de defesa dos homossexuais, professores universitários e organizações da comunidade judaica, evangélica e bahai, entre outras". Segundo o grupo, o objetivo dos protestos é "questionar o estreitamento de laços diplomáticos do Brasil com o governo de Ahmadinejad", que "pratica ações antidemocráticas e contra as liberdades dos cidadãos".
Fonte: FOLHA ONLINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário