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quarta-feira, 30 de março de 2016

Multa do FGTS pode ameaçar trabalhadores com mais de 10 anos de contrato. Mais uma do PT

O senador Donizeti Nogueira (PT/TO) apresentou no último dia 10 de março um projeto que eleva drasticamente a multa para as empresas que mantiverem em seus quadros empregados com mais de 10 anos de casa

Manter um colaborar por mais de 30 anos pode render um “prêmio” amargo para as empresas brasileiras. Tramita no Senado Federal um projeto de lei que visa aumentar a multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em até 15% para empresas que mantiverem funcionários em seus quadros por mais tempo.

O senador Donizeti Nogueira (PT/TO) apresentou, no último dia 10 de março, o Projeto de Lei (PLS 90/16), elevando drasticamente a multa do fundo, para as empresas que mantiverem em seus quadros empregados com mais de 10 anos de casa.

Trata-se de um grave retrocesso, que pode aumentar o número de demissões e complicar ainda mais a empregabilidade de trabalhadores, afetando de forma mais contundente colaboradores com mais tempo de serviço: segundo a proposta, em caso de demissão sem justa causa de um colaborador com mais de 30 anos de contrato, a empresa responderá por uma multa de 55% do montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato de trabalho.

O aumento de alíquotas segue progressivamente a partir do décimo ano de contrato, sendo que somente não será punido, aquele empregador que mandar embora seu funcionário, antes do aniversário de 10 anos de casa, única hipótese em que a multa do FGTS continuará sendo a atual, de 40%.

Senador Donizeti Nogueira (PT/TO)
Em momento de crise e dificuldade de recolocação profissional, o projeto do senador petista surge como uma bomba no mercado de trabalho e pode ocasionar a extinção de inúmeros contratos de trabalho, aumentando os gastos do governo com o seguro-desemprego. Em outras palavras, o aumento na penalidade para as empresas que mantém empregados em seus quadros por maiores períodos, por si só já representaria uma contradição, todavia a proposta se revela ainda mais dramática em tempos de crise representando uma grave ameaça ao pleno emprego e à manutenção dos postos de trabalho.

O projeto seguirá para o Plenário do Senado, onde poderão ser apresentadas emendas, até seguir para a votação final e encaminhamento para a Câmara dos Deputados.

É importante ressaltar que no próprio Congresso Nacional existem outros projetos que visam extinguir a multa do FGTS. Isso porque em demissões sem justa causa, a empresa deposita nessa conta vinculada uma indenização de 40%, calculada sobre o montante total acumulado em seu FGTS durante o contrato de trabalho.

Entretanto, a Lei Complementar 110/2001 instituiu a contribuição social adicional de 10%, incidente sobre o montante do FGTS, para os casos de demissão sem justa causa, sem prazo de vigência. Portanto, a multa não é de 40%, e sim 50%, muito embora os 10% extras não sejam destinados ao trabalhador.

Esse adicional serviria, conforme a lei, para cobrir o rombo no FGTS aberto pela decisão da Justiça de aplicar correção integral durante os planos Verão e Collor I. A multa de 10% não é depositada na conta do trabalhador, ela vai direto para os cofres do governo.

Entretanto, a multa de 10% do FGTS tornou-se indevida a partir de março de 2012 e, mesmo assim, vem sendo recolhida por milhões de empresas aos cofres federais. A multa também é tema de discussão no Poder Judiciário e aguarda a decisão em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)

Danilo Pieri Pereira  - Advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho e sócio do escritório Baraldi Mélega Advogados

Fonte: Administradores.com

quinta-feira, 22 de março de 2012

OMG News: Estadio Teixeirão vai a leilão para quitar dívidas do América

Teixeirão como é conhecido
Por Diarioweb

O estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão, do América de Rio Preto, será leiloado no dia 12 de abril por R$ 21 milhões, para pagar dívidas do clube com a União e também para o pagamento de ações trabalhistas ajuizadas por ex-funcionários - jogadores e treinadores - contra a agremiação. O América foi condenado pela Justiça Federal, em duas ações de execução fiscal movidas pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Uma ação cobra do América o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que deveria ter sido pago em benefício de 24 jogadores de futebol entre os anos de 2006 a 2009. A outra execução é referente ao pagamento do Imposto de Renda (IR) sobre a arrecadação do clube com a realização de bingos e sorteios. As ações de execução fiscal cobram do clube dívidas de aproximadamente R$ 530 mil. Já as ações trabalhistas movidas por funcionários somam R$ 4,4 milhões.

O leilão foi determinado originalmente para o pagamento das dívidas com a União. No entanto, a Justiça do Trabalho pediu a inclusão dos débitos trabalhistas nas ações de execução fiscal. A avaliação do imóvel foi realizada por um oficial de Justiça com base em informações fornecidas por imobiliárias de Rio Preto. O terreno que abriga o Teixeirão tem 43 mil metros quadrados. De acordo com a Justiça Federal, o estádio tem capacidade para 36,4 mil pessoas. Se o estádio Teixeirão não for arrematado no dia 12 de abril, a juíza convocou o segundo leilão para o dia 26 do mesmo mês, quando o estádio poderá ser comprado por até R$ 11,5 milhões.

Suspensão

O América não cogita o pagamento das dívidas para evitar a realização do leilão. De acordo com o presidente do clube, ex-vereador Alcides Zanirato, o América entrou com recurso na Justiça Federal, na última sexta-feira (dia 16), contestando a avaliação preliminar do Teixeirão feita pelo oficial de Justiça. “Pedimos a suspensão do leilão. O estádio vale mais de R$ 100 milhões. Como penhorar o estádio por uma dívida menor. O valor do campo é muito superior ao valor da dívida”, protestou o dirigente, que também é advogado. “O Brasil inteiro conhece o Teixeirão, que é o sétimo maior estádio privado do País.

De acordo com Zanirato, o laudo do oficial de Justiça levou em consideração apenas o valor do terreno e desprezou as benfeitorias, como arquibancadas, vestiários e camarotes. “O oficial de Justiça deveria levar em conta quantos metros de construção. Por isso, a possibilidade êxito nesse pedido (de suspensão do leilão) é grande”, afirmou o cartola. Zanirato conversou com a reportagem do Diário ontem, uma hora antes do América entrar em campo para enfrentar o Rio Claro, em sua luta contra o rebaixamento à Série A-3 do Campeonato Paulista.

“Estou mais preocupado com o time do que o campo agora. Não que eu não tenha preocupação com o campo. Mas acho que a situação do time é mais preocupante que o campo, pela circunstância nos autos. Juridicamente, é uma matéria que nos dá um pouco de tranquilidade pelo momento”, disse o presidente do América. O pedido de suspensão do leilão ainda não foi analisado.


Vereador propõe adequação de lei de doação


O vereador Jorge Abdanur (PSDB) encaminhou “indicação” ao prefeito Valdomiro Lopes (PSB), ontem, pedindo ao chefe do Executivo que apresente projeto de lei para inserir cláusulas de “impenhorabilidade, inalienabilidade e incomunicabilidade” na lei 1.911, de 1975, na qual a Prefeitura de Rio Preto doou o terreno de 43 mil metros quadrados para o América Futebol Clube construir o estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão. Abdanur acredita que a inclusão da nova cláusula poderá impedir a venda estádio. Para evitar o leilão, o América teria de quitar a dívida. “O objetivo dessa indicação é o de proteger o patrimônio público de eventuais penhoras futuras, garantindo o bem da municipalidade”, afirmou o vereador.

Ele sugere ainda que a Prefeitura de Rio Preto entre com embargos na Justiça Federal na tentativa e barrar o leilão do dia 12 de abril, que pretende vender o Teixeirão por R$ 21 milhões. Em abril de 2011, o presidente do América, ex-vereador Alcides Zanirato, encaminhou requerimento ao prefeito alertando sobre a possibilidade do Teixeirão ser leiloado. Na ocasião, Zanirato que é filiado ao mesmo partido do prefeito, o PSB, afirmou que “queria proteger a integridade do patrimônio do América”. O secretário de Comunicação, Deodoro Moreira, disse que Valdomiro encaminhará o caso para a Procuradoria Geral do Município.

Tramitação

A indicação de Abdanur será apresentada ao plenário da Câmara de Rio Preto na sessão da próxima terça-feira (dia 29) e depois, encaminhada ao gabinete do prefeito. Se acatar a sugestão do vereador, Valdomiro poderá encaminhar um projeto de lei para votação na Câmara e alterar a lei aprovada em 1975. De acordo com a lei de doação assinada pelo então prefeito, Wilson Romano Calil, o terreno de 43 mil metros quadrados que abriga o Teixeirão só volta a integrar o patrimônio público se o clube for dissolvido.

Exigências

A lei de 1975 fez apenas três exigências ao América. A primeira determinava a construção do estádio, a segunda exigência obriga o América a ceder o estádio para Prefeitura em datas de comemorações cívicas e a última prevê a cessão do estádio à Prefeitura por até 10 vezes no ano para a realização de eventos esportivos.

A área até então destinada para a construção de um estacionamento ao redor do estádio Teixeirão já começou a ser cercada pelos seus novos donos. Após o terreno, anexo ao estádio, ir a leilão para quitar débitos do América com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), ele foi arrematado por Fernando Luís de Souza Marques e a empresa J II Agronegócios S/A, em junho de 2009 e, desde então, os proprietários ainda não possuem o alvará para construção.

Segundo determinou o secretário de Obras de Rio Preto, Luiz Calças, um fiscal verificaria o que estaria sendo feito no local ainda esta semana e, caso tenha pedido de alvará, a Secretaria de Obras vai encaminhar o pedido para análise da Procuradoria Geral do Município (PGM). Como a área foi doada pelo município ao América, em 1982, a Prefeitura até tentou recorrer da decisão, solicitando o cancelamento do leilão, porém, a então juíza da 6ª Vara Federal, Olga Curiaki Spernadio, (agora, aposentada) julgou improcedente a ação, em 2011.

O atual presidente do América, Alcides Zanirato, espera que o poder público possa reverter a decisão junto ao Tribunal Regional Federal (TRF). “Estou esperando uma participação da Prefeitura. Ela recorreu naquela área do estacionamento do Teixeirão. A prefeitura tem responsabilidade sobre isso, tem de participar, defender um patrimônio que é da população e que foi doado ao América”, implorou o cartola. O pedaço do Teixeirão leiloado corresponde a uma área equivalente a 16,4 mil metros quadrados, foi avaliado em R$ 1,7 milhão e fora arrematado por menos de R$ 1 milhão.

A empresa J II Agronegócios pagou R$ 980 mil por 98% do espaço, e Marques, R$ 18,1 mil pelos outros 2%.Ainda cabe o recurso, e a Procuradoria Geral do Município que tenta reverter a decisão não respondeu os pedidos de entrevista do Diário. “Já estive com o procurador, não o Adílson, o (Luiz) Tavolaro. A Prefeitura tem vários recursos para nos ajudar, contamos com isso”, disse Zanirato.

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