Essa é uma história de amizade muito especial entre duas crianças e um enorme gesto de solidariedade. Wyatt Erber tem 8 anos e Cara Kielty tem só 2 aninhos. Wyatt gosta de futebol e Cara Kielty ainda nem fala direito.
Cara vive cinco casas adiante de Wyatt. São vizinhos e se encontram com frequência na rua. Mas o que une essas duas crianças não é a proximidade ou o fato de viverem no mesmo condomínio na cidade de Edwardsville, no interior do estado de Illinois (EUA). O garoto participou de uma gincana promovida por um banco da região, que durou dois meses e meio, e ele venceu.
O prêmio foi US$ 1 mil, pouco mais de R$ 2 mil. Teve até cerimônia para receber o checão, mas o dinheiro não ficou nem um segundo com ele. Wyatt decidiu doar todo o prêmio. Para a vizinha Cara.
“Quando ele me ligou, o primeiro sentimento foi: não, isso não vai acontecer. Você é um garoto de 8 anos, pegue seu dinheiro, compre um videogame, tome seu sorvete, mas isso não vai acontecer”, relembra a mãe de Cara.
O pai de Wyatt ficou orgulhoso. “Foi um gesto muito bonito”, resume Jeff Erber. “Fiquei em choque. Jamais imaginei que ele fosse fazer isso”, conta a mãe do garoto, Noelle.
Toda essa reação sobre a doação é porque Cara tem câncer. Antes de doar, Wyatt perguntou à mãe: “Com US$ 1 mil, quantas sessões de quimioterapia Cara poderá fazer?”.
Relação com a doença
Em maio deste ano, a garotinha teve uma dor de ouvido e uma febre alta. Nenhum antibiótico funcionou. Uma semana depois, veio o diagnóstico: era leucemia, um câncer que surge na medula óssea. Cara ficou quase 20 dias internada. Fez cirurgias e várias transfusões de sangue. Agora, uma vez por semana, faz quimioterapia.
“Eu achei que essa doação pudesse ser boa para ela. Eu simplesmente achei que ela fosse gostar disso”, conta Wyatt na maior naturalidade.
A mãe do garoto busca uma explicação para o gesto de solidariedade. “Há alguns anos, nós começamos a fazer biscoitos para vender e ajudar a Associação Nacional das Crianças com Câncer. Acho que aí ele aprendeu algo sobre essa doença e a importância do dinheiro para o tratamento”.
Nem parece que se fala de uma criança de 8 e de outra de 2 anos. São melhores amigos, que se divertem derrubando cubos de plástico empilhados. A mãe de Cara conta que a filha está respondendo à quimioterapia. Os médicos dizem que a menina tem 90% de chance de ficar curada.
“Eu estou anotando tudo, fazendo um livro para ela ler depois, quando crescer, e saber o quanto foi amada”, diz Trisha.
Fonte: Fantástico
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