O New York Times entrou nesta quarta-feira no debate sobre a proibição do véu integral na França, considerando em editorial que "os talibãs aplaudiriam" tal medida e acusando o governo francês de "atiçar o ódio".
"É fácil ver que os direitos das mulheres são violados quando um governo lhes ordena dissimular o corpo sob um véu integral", escreveu o jornal americano.
"Deveria também ser tão fácil constatar a mesma violação quando uma comissão parlamentar francesa recomenda (...) a proibição dos serviços públicos, como as escolas, os hospitais e os transportes, às mulheres que vestem estes véus", prosseguiu.
A missão parlamentar pluralista sobre o porte do véu integral preconizou ontem uma lei probindo o uso deste véu nos serviços públicos.
"Em vez de condenar as recomendações (da comissão), o presidente Nicolas Sarkozy parece determinado a jogar lenha na fogueira", afirmou o New York Times.
Se tal lei fosse adotada, "os talibãs ficariam felizes, mas o resto do mundo deverá expressar sua repugnância", acrescentou. "Infelizmente, os dirigentes políticos franceses parecem querer fechar os olhos diante das violações das liberdades individuais".
Na perspectiva das eleições regionais de março, "é difícil criar emprego, e fácil atiçar os preconceitos contra os muçulmanos", continuou o editorial, afirmando que para recuperar os votos da extrema-direita, "o governo de centro-direita de Sarkozy passou meses promovendo um debate nacional às vezes estúpido, às vezes ameaçador, sobre a identidade francesa".
"Nenhum ganho político justifica a promoção do ódio", sentenciou.
Fonte: AFP
"É fácil ver que os direitos das mulheres são violados quando um governo lhes ordena dissimular o corpo sob um véu integral", escreveu o jornal americano.
"Deveria também ser tão fácil constatar a mesma violação quando uma comissão parlamentar francesa recomenda (...) a proibição dos serviços públicos, como as escolas, os hospitais e os transportes, às mulheres que vestem estes véus", prosseguiu.
A missão parlamentar pluralista sobre o porte do véu integral preconizou ontem uma lei probindo o uso deste véu nos serviços públicos.
"Em vez de condenar as recomendações (da comissão), o presidente Nicolas Sarkozy parece determinado a jogar lenha na fogueira", afirmou o New York Times.
Se tal lei fosse adotada, "os talibãs ficariam felizes, mas o resto do mundo deverá expressar sua repugnância", acrescentou. "Infelizmente, os dirigentes políticos franceses parecem querer fechar os olhos diante das violações das liberdades individuais".
Na perspectiva das eleições regionais de março, "é difícil criar emprego, e fácil atiçar os preconceitos contra os muçulmanos", continuou o editorial, afirmando que para recuperar os votos da extrema-direita, "o governo de centro-direita de Sarkozy passou meses promovendo um debate nacional às vezes estúpido, às vezes ameaçador, sobre a identidade francesa".
"Nenhum ganho político justifica a promoção do ódio", sentenciou.
Fonte: AFP
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