O homem que atirou no papa João Paulo II há quase 30 anos saiu da prisão ontem, declarou-se um mensageiro de Deus e passou sua primeira noite de liberdade em um hotel de luxo.
Mehmet Ali Agca, de 52 anos, disse que falaria com a imprensa nos próximos dias, mas suas declarações contraditórias ao longo dos anos e a suspeita sobre sua saúde mental indicam que ele não deve esclarecer se agiu sozinho ou se teve apoio de algum grupo político no atentado contra o papa. Agca atirou em João Paulo II em 13 de maio de 1981, quando o pontífice desfilava em carro aberto na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi atingido no abdome, na mão esquerda e no braço direito. Dois anos depois, o líder da Igreja Católica encontrou Agca em uma prisão na Itália e o perdoou.
Logo após ser libertado, Agca acenou para jornalistas e foi escoltado por policiais até um hospital militar. Lá, foi considerado inadequado para o serviço militar obrigatório, por "severo transtorno de personalidade antissocial", revelou seu advogado, Yilmaz Abosoglu.
Ao chegar ao hotel cinco estrelas onde passou a noite com um irmão e amigos, ele disse a jornalistas, em inglês, que voltaria a falar à imprensa nos próximos três dias, antes de viajar para Istambul, na semana que vem. "Em nome de Deus, eu proclamo o fim do mundo neste século. Todo o mundo será destruído, todos os seres humanos vão morrer. Não sou Deus, não sou filho de Deus, eu sou Cristo eterno", afirmou.
Agca, que havia se autoproclamado "messias", disse que os Evangelhos estão repletos de erros e que ele escreveria a versão definitiva. Fez declarações semelhantes em um texto com cinco tópicos distribuído fora da prisão em Sincan, nos arredores da capital turca, Ancara (mais informações nesta página).
Os advogados de Agca explicam que ele se converteu ao cristianismo na prisão e que o motivo do atentado à vida do papa, apesar de ainda não ter sido esclarecido, não teria ligação nenhuma com questões relativas ao Islã.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que não pretende comentar a libertação de Agca. Robert Necek, religioso polonês que foi secretário de João Paulo II, também não quis fazer declarações.
MISTÉRIO
Quando Agca foi preso, minutos após o atentado, ele disse que havia agido sozinho. Depois, ele sugeriu que a Bulgária e a KGB (agência de segurança da antiga União Soviética) teriam planejado o ataque, para depois se desmentir. Suas declarações contraditórias frustraram os promotores por décadas. O caso ainda é investigado na Polônia.
Agca afirmou que responderia a perguntas sobre o atentado ao sair da prisão e que consideraria ofertas para livros e filmes baseados em sua vida. Ele matou um jornalista em 1979.
A MENSAGEM DE AGCA
Em texto com cinco tópicos distribuído por seu advogado, Agca afirma no primeiro deles que "Deus é unido eternamente" e que "não há Trindade". No segundo, nomeia-se "Cristo eterno" e "servente supremo de Deus em todo o universo". No terceiro, afirma que "o Espírito Santo é apenas um anjo criado por Deus". No quarto, proclama o "fim do mundo", afirmando que ele ocorrerá neste século. No quinto, diz que vai escrever o "Evangelho perfeito"
Fonte: Estadão
Mehmet Ali Agca, de 52 anos, disse que falaria com a imprensa nos próximos dias, mas suas declarações contraditórias ao longo dos anos e a suspeita sobre sua saúde mental indicam que ele não deve esclarecer se agiu sozinho ou se teve apoio de algum grupo político no atentado contra o papa. Agca atirou em João Paulo II em 13 de maio de 1981, quando o pontífice desfilava em carro aberto na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi atingido no abdome, na mão esquerda e no braço direito. Dois anos depois, o líder da Igreja Católica encontrou Agca em uma prisão na Itália e o perdoou.
Logo após ser libertado, Agca acenou para jornalistas e foi escoltado por policiais até um hospital militar. Lá, foi considerado inadequado para o serviço militar obrigatório, por "severo transtorno de personalidade antissocial", revelou seu advogado, Yilmaz Abosoglu.
Ao chegar ao hotel cinco estrelas onde passou a noite com um irmão e amigos, ele disse a jornalistas, em inglês, que voltaria a falar à imprensa nos próximos três dias, antes de viajar para Istambul, na semana que vem. "Em nome de Deus, eu proclamo o fim do mundo neste século. Todo o mundo será destruído, todos os seres humanos vão morrer. Não sou Deus, não sou filho de Deus, eu sou Cristo eterno", afirmou.
Agca, que havia se autoproclamado "messias", disse que os Evangelhos estão repletos de erros e que ele escreveria a versão definitiva. Fez declarações semelhantes em um texto com cinco tópicos distribuído fora da prisão em Sincan, nos arredores da capital turca, Ancara (mais informações nesta página).
Os advogados de Agca explicam que ele se converteu ao cristianismo na prisão e que o motivo do atentado à vida do papa, apesar de ainda não ter sido esclarecido, não teria ligação nenhuma com questões relativas ao Islã.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que não pretende comentar a libertação de Agca. Robert Necek, religioso polonês que foi secretário de João Paulo II, também não quis fazer declarações.
MISTÉRIO
Quando Agca foi preso, minutos após o atentado, ele disse que havia agido sozinho. Depois, ele sugeriu que a Bulgária e a KGB (agência de segurança da antiga União Soviética) teriam planejado o ataque, para depois se desmentir. Suas declarações contraditórias frustraram os promotores por décadas. O caso ainda é investigado na Polônia.
Agca afirmou que responderia a perguntas sobre o atentado ao sair da prisão e que consideraria ofertas para livros e filmes baseados em sua vida. Ele matou um jornalista em 1979.
A MENSAGEM DE AGCA
Em texto com cinco tópicos distribuído por seu advogado, Agca afirma no primeiro deles que "Deus é unido eternamente" e que "não há Trindade". No segundo, nomeia-se "Cristo eterno" e "servente supremo de Deus em todo o universo". No terceiro, afirma que "o Espírito Santo é apenas um anjo criado por Deus". No quarto, proclama o "fim do mundo", afirmando que ele ocorrerá neste século. No quinto, diz que vai escrever o "Evangelho perfeito"
Fonte: Estadão
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