A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, minimizou hoje o apoio das igrejas evangélicas à candidata do PT, Dilma Rousseff. No último final de semana, 15 igrejas anunciaram apoio à petista.
Segundo a presidenciável do PV, o apoio da Assembleia de Deus (igreja que ela frequenta) à adversária não reflete a maioria dos fiéis da igreja. O pastor e deputado Manoel Ferreira (PR-RJ) lidera a Convenção Nacional dos Ministros da Assembleia de Deus, ala que, segundo Marina, representa apenas 25% dos membros da igreja. "O pastor não tem autoridade sobre o cidadão, mas ele tem o direito de manifestar o seu ponto de vista", afirmou.
Marina disse que faz parte da Convenção Geral das Assembleias de Deus, ala que engloba 50% dos seguidores da igreja. Os outros 25% seriam formados por diversas representações dentro da própria Assembleia de Deus. "Só um quarto declarou apoio à Dilma", disse. A candidata reconhece, no entanto, a relevância da declaração de apoio à candidatura do PT. "Neste caso o peso político é da liderança (do pastor Manoel Ferreira)", completou.
A candidata defendeu o direito das igrejas de manifestarem suas opiniões e orientarem seus fiéis durante a eleição, mas negou que "voto de cabresto" seja prática comum entre as agremiações. "Não tem nenhum mecanismo para obrigar os fiéis a votar em quem quer que seja", reforçou.
Mesmo sendo evangélica e pertencente à maior ala da Assembleia de Deus, Marina afirma que não usará a igreja para pedir votos. "Minha posição é de não usar o púlpito para fazer palanque", afirmou.
Fonte: Estadão
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