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quinta-feira, 11 de junho de 2009

OMG News : Vítimas de abuso em escolas católicas protestam na Irlanda

Sobreviventes de estupros e rituais de espancamento em escolas católicas marcharam silenciosamente nesta quarta-feira até o Parlamento irlandês, carregando sapatos de crianças e vestidos com fitas brancas simbolizando a juventude perdida.
A revelação de surras, trabalho escravo e estupros no agora extinto sistema irlandês de escolas industriais e de reforma envergonham o povo do país, particularmente os mais velhos, que não confrontaram o que um relatório no mês passado chamou de abuso endêmico.
"Era como se você estivesse dentro de uma prisão e, quando você sai, você não fala sobre isso", afirmou Marina Permaul, 66, que foi criada com "estilo militar" por freiras no condado de Galway, no oeste do país.
"Você não fala sobre isso nem com as suas crianças", disse Permaul, que chegou de Londres para participar da marcha. "Você fica muito envergonhada com isso tudo e, de qualquer forma, eles vão acreditar em você?
Você não ousa manifestar-se livremente contra uma ordem religiosa."Notícias locais informaram que cerca de 7.000 pessoas participaram da marcha, incluindo centenas de vítimas de abuso.
Os organizadores do protesto, organizado para coincidir com um debate parlamentar sobre o relatório, expressaram raiva quanto ao fato de que as conversas foram adiadas para permitir que o Parlamento avalie uma proposta de não confidência no governo.
"Isso realmente enfatiza novamente que o Estado não entendeu de fato uma iota do que isso significou para 165.000 crianças que estiveram em 216 instituições", afirmou a sobrevivente Christine Buckley."Estou muito desapontada", disse Buckley, que criou o Aislinn Centre, que dá apoio aos sobreviventes.
O inquérito, presidido pelo juiz da Corte Suprema Sean Ryan, criticou autoridades religiosas por cobrir os crimes e o Departamento de Educação por ser complacente com o silêncio.
A investigação também registrou que as crianças também eram alvos de pais adotivos, voluntários e funcionários.O relatório não identificou os agressores após uma bem-sucedida ação legal pelos Christian Brothers, que era o maior provedor de assistência residencial para garotos na Irlanda.
Uma série de escândalos envolvendo padres tiraram a Igreja Católica Romana de sua posição de primazia na sociedade irlandesa.
Ordens religiosas identificadas no relatório enfrentaram pressão para pagar indenização às vítimas. Um acordo de 2002 estabeleceu a contribuição em um fundo de retificação de 127 milhões de euros (177 milhões de dólares), mas o valor total deve ultrapassar 1 bilhão de euros.Buckley disse que o fundo de retificação era uma falha e pediu que sua indenização seja revista e um outro fundo, estabelecido.
Nos Estados Unidos, a arquidiocese de Los Angeles acertou o pagamento de 660 milhões de dólares a 500 vítimas, na maior indenização desse tipo.
Fonte: G1

quarta-feira, 10 de junho de 2009

OMG News : Papa "visivelmente abalado" por relatório de abusos na Irlanda

O Papa Bento 16 estava bem perturbado com as revelações de que padres e freiras violentaram e abusaram de crianças por vários anos em escolas industriais irlandesas, disse a Arquidiocese Católica de Dublin nesta segunda-feira.
Um angustiante relatório sobre o abuso sistêmico do antigo sistema de escolas industriais e reformatórios na Irlanda chocou o país e pôs pressão para que ordens religiosas que administravam as escolas paguem mais compensações.
"Ele estava visivelmente muito perturbado, eu diria, em ouvir algumas das coisas que foram apontadas no Relatório Ryan e como as crianças sofreram", disse o arcebispo Diarmuid Martin.
Martin e o líder da Igreja Católica na Irlanda, cardeal Sean Brady, se encontraram com o pontífice na semana passada para atualizá-lo sobre a repercussão do relatório, que foi assinado por Sean Ryan, da Suprema Corte de Justiça.O relatório não identificou nenhum dos acusados de abusos após uma ação legal pelos Irmãos Cristãos, uma ordem católica, que impediu a divulgação dos nomes.
As 18 ordens apontadas no relatório, incluindo os Irmãos Cristãos, disseram que pagarão mais compensações às milhares de vítimas após pressão pública e política.
Em 2002, um acordo nivelou a contribuição para um fundo de compensação em 175,7 milhões de dólares. O valor total agora deve ultrapassar 1 bilhão de euros.
Nos Estados Unidos, a Arquidiocese Católica Romana de Los Angeles concordou em 2007 em pagar 660 milhões de dólares à 500 vítimas no maior valor já acertado para tal tipo de indenização.
O relatório irlandês detalhou surras, trabalho escravo e violência sexual por padres durante o século 20, descrevendo em milhares de páginas como crianças também foram vítimas de parentes adotivos e voluntários.
Fonte: G1

sexta-feira, 22 de maio de 2009

OMG News : Inquérito denuncia abuso sexual ‘endêmico’ de meninos na Irlanda

Um inquérito realizado na Irlanda revelou que 1090 crianças alegam ter sofrido agressões em abrigos infantis, reformatórios e orfanatos católicos do país ao longo de 60 anos e que, em instituições para meninos, o abuso sexual foi "endêmico" no período.
Segundo a Comissão de Inquérito sobre Abuso Infantil, os menores sofreram violência física e abuso sexual em locais que chegaram a abrigar cerca de 35 mil crianças até os anos 80.
O relatório, que aborda a situação de mais de cem instituições religiosas investigadas ao longo dos últimos nove anos, concluiu que os líderes da Igreja sabiam sobre os abusos sexuais de meninos.
Além disso, segundo os depoimentos citados no documento, meninos e meninas das instituições apanhavam com tiras de couro por conversar durante as refeições ou por escreverem com a mão esquerda. "As escolas eram administradas de forma severa, impondo uma disciplina opressiva e não razoável às crianças e funcionários", diz o relatório.
A comissão foi criada em 2000 pelo então primeiro-ministro irlandês Bertie Ahern, que pediu desculpas em nome do Estado às vítimas de abuso infantil.
Um esquema de compensações do governo também foi estabelecido na época e, desde então, já pagou quase 1 bilhão de euros às vítimas.

ABUSOS "CHOCANTES"

Milhares de vítimas prestaram depoimento à comissão, que surgiu depois que uma série televisiva revelou a escala dos abusos.
A jornalista Mary Raftery, que realizou os programas, disse que a extensão dos abusos era "profundamente chocante". Segundo a jornalista, as crianças eram levadas para "casas de terror" e ficavam confinadas até completarem 16 anos. "Elas saíam de lá completamente perturbadas e muitas deixaram o país em seguida", conta.
"Elas sentiam que seu país as havia abandonado, assim como todo o resto, inclusive a religião."
O relatório propõe 21 formas de o governo se redimir dos erros cometidos no passado, incluindo a construção de um memorial, um serviço de acompanhamento psicológico para as vítimas, muitas já aos 50 anos, e a melhoria dos serviços de proteção à criança na Irlanda.
No mês que vem será divulgado um outro relatório sobre supostos abusos de padres católicos em paróquias perto de Dublin, capital da Irlanda.


Fonte: BBC Brasil

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