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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Veja como a internet põe bandidos cara a cara com seu filho


Por DiarioWeb
A pedofilia corre solta nas salas rio-pretenses de bate-papo virtual. Na internet sem lei, pedófilos de Rio Preto seduzem crianças menores de 14 anos com convites que vão de um simples encontro até relações sexuais. “Vc sai hoje à tarde pra fazer um sexo?”, escreve um deles, em linguagem típica de internet. “Vou te levar pra um motel”, conclui em seguida.

Manter relações sexuais com menores de 14 anos, ainda que haja consentimento da vítima, é considerado estupro de vulnerável, crime previsto no Código Penal com penas que variam de oito a 15 anos de prisão. Mas o rigor da lei parece não aplacar a “caça” dos pedófilos na internet. Para comprovar a facilidade do aliciamento na rede, a reportagem do Diário criou uma isca, a personagem fictícia Daniela, uma menina de 12 anos moradora do bairro Boa Vista.

Basta entrar no chat de Rio Preto de um portal na internet com o apelido de “Dani_bzinha” ou “garotinha” que chovem convites para conversas reservadas. O alvoroço aumenta quando Dani revela ter 12 anos - idades reduzidas parecem ser um atrativo. Apenas um deles adverte: “Vc eh muito novinha. Cuidado na net”.

A personagem Dani conversou com quatro rapazes, com idades entre 19 e 25 anos. Apenas um se mostrou receoso. “Vc é muito novinha para mim amor (sic). Dá cadeia, pedofilia”, diz Gilson, que afirma residir no bairro Cristo Rei. Os outros três agendaram encontros com a menina, e compareceram: dois na praça da rua Campos Salles e um em frente à escola estadual Antonio de Barros Serra, todos na Boa Vista. A intenção do trio era transar com Dani.


João Paulo aguarda encontro em frente a escola: sem receio


Michel, que diz ter 24 anos e morar no Jardim Antunes, zona norte, é o mais direto deles. Em poucos minutos de diálogo pergunta a idade e os atributos físicos de Dani (1,6 metro, magra, morena clara). “Vc gosta d menina mais novinha?”, pergunta ela. “Gosto sim pq as novinhas sao mais safadinhas.” Michel parece ter pressa. Pergunta se a personagem é virgem e se ela se importa em sair com um homem casado, “que nao quer compromisso”. Logo emenda o convite: “Vc sai hj atarde pra fazer um sexo?” Dani sinaliza que sim, e o rapaz decide: “Vou te levar pra um motel”.

Ele quer ver Dani pessoalmente, e a reportagem marca um encontro com Michel em uma praça da Boa Vista para 11h45 da última quinta-feira. Ele diz que iria estar de moto, com calça e camiseta rosa. O pedófilo, um moreno de óculos e estatura média, cumpriu a palavra - deu três voltas ao redor da praça de moto, antes de ir embora.

Subnotificação

Nos últimos dois anos, o Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância (Crami) de Rio Preto atendeu seis menores vítimas de pedófilos na internet. O número é pequeno na comparação com o total de casos de estupro de vulnerável notificados pelos Conselhos Tutelares no período: 443. Isso ocorre porque, nos aliciamentos por meio virtual, a subnotificação é muito grande, segundo a psicóloga do Crami Fabiana Faccin Hernandes. “As famílias com um poucos mais de recurso costumam procurar ajuda na rede privada, e o caso nem chega ao nosso conhecimento.”

As seis vítimas atendidas pelo Crami têm entre 10 e 12 anos, e são todas meninas. Uma delas chegou a manter relações sexuais com o abusador. Os casos chegaram à entidade por meio dos próprios pais. “A criança abusada fica agressiva e retraída, e pode ter piora no desempenho escolar”, diz a psicóloga. A longo prazo, segundo ela, a vítima pode ter sua sexualidade retraída e desenvolver fobias. “Se a criança não for bem tratada, as marcas do abuso ficam para a vida toda”, diz.






‘O que pode ter pra você em um namoro?’

Diferente de Michel, Flávio, 25 anos, que diz ser dono de uma microempresa no bairro Alto Rio Preto, é mais cauteloso na conversa com a personagem Dani. Pergunta se “tem problema” ele ser “bem mais velho” e se os pais dela sabem que ela entra em chats na internet. “Fico com esse medo pois sou bem mais velho.”

Em poucos minutos de conversa Flávio pede para ir até a casa de Dani, já que ela diz estar sozinha. A reportagem sugere um bar, local público, mas o empresário recua. “As pessoas podem ver nos (nós) ne. (...) Ai (aí) da BO.” E dá nova investida: “Deixa eu perguntar uma coisa / o que em um namoro pode ter para vc?” Dani devolve a pergunta, e Flávio responde: “Em um namoro tem que ter carinho atençao, beijos gostoso, abraços gostoso fazer amor e etc e para vc?”.

Flávio e Dani combinam de se encontrar na praça da Boa Vista. Na hora marcada, ele está lá, de moto. Contorna várias vezes a praça antes de ir embora. No dia seguinte, a reportagem telefona para o empresário, que passou seu número de celular. Ele pergunta por que Dani não foi ao encontro. E busca marcar uma nova data.

João Paulo, 19 anos, desempregado, diz morar no bairro Maria Lúcia. Ele afirma gostar de “menina mais novinha”. Pergunta se Dani tem namorado e se ela é virgem. Em seguida sugere um encontro em frente à escola Antonio de Barros Serra, na Boa Vista. João, que aparenta ter mais idade, comparece no horário marcado. Na moto, o sinal característico que serviria de senha para Dani: um pequeno dado verde no aro das duas rodas.

Casos são subnotificados

Os Conselhos Tutelares de seis das sete maiores cidades da região registraram 235 casos de estupro de menores ao longo do ano passado, queda de 33% em relação às 353 ocorrências de 2010. A redução regional, porém, não significa uma queda real desse tipo de crime devido à subnotificação. Em todo o Brasil, nos três primeiros meses deste ano foram feitas 5.268 denúncias de material pornográfico infantil virtual à ONG Safernet, voltada ao combate de crimes na internet.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto não soube informar quantos foram presos ou indiciados por estupro de vulnerável em 2010 e 2011. Um dos inquéritos da DDM foi decorrente de denúncia feita pela mãe de um menino de 14 anos em março de 2009. Ela descobriu que o filho mantinha diálogos na internet com um homem de Frutal (MG). “Quero brincar com você”, disse o homem. No entanto, não foi possível chegar à identidade do homem, e o caso foi arquivado.

A delegada Dálice Ceron, titular da Delegacia de Defesa da Mulher
Software da PF rastreia material pedófilo

A arma mais eficaz da Polícia Federal para “caçar” pedófilos é um software especial, instalado em São Paulo e Brasília, que rastreia e identifica computadores que fazem download de conteúdo pornográfico infantil em programas como o Kazaa e o E-mule. O passo seguinte é solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico do computador, para que a operadora informe o endereço.

Graças a esse recurso a PF prendeu quatro na região desde 2009 por armazenar ou distribuir material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes - a Polícia Civil deteve outros três com base em denúncia. O crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pode resultar em até seis anos de prisão.
Um dos alvos do software da PF foi um investigador da Polícia Civil de Fernandópolis. Ele acabou denunciado à Justiça e exonerado do cargo.

Outros três foram alvos de operações especiais da Polícia Federal. Uma delas foi a Operação Laio, desencadeada em setembro de 2009, que prendeu em flagrante um administrador de empresas em Votuporanga, acusado de integrar uma rede de produção e divulgação, pela internet, de fotos e vídeos pornográficos com crianças distribuída por 23 países.

No entanto, segundo o delegado Cristiano Pádua, há programas que impedem o rastreamento do IP, espécie de carteira de identidade do computador. “Quando isso acontece fica a identificação fica muito difícil.” Muitas vezes o pedófilo é preso por descuido. Em maio de 2010, um carcereiro aposentado solicitou um backup do seu computador em uma loja especializada.

Após verificar que no equipamento havia várias fotos e vídeos com crianças em situações comprometedoras, o técnico denunciou o carcereiro à polícia, e ele acabou preso em flagrante. A Polícia Civil em Rio Preto não monitora os chats na internet, exceto em investigações específicas, segundo a delegada Dálice Ceron. “Não haveria estrutura para fazer um monitoramento genérico, sem uma denúncia”, diz.

Pais devem orientar sobre perigos

Para evitar que a criança seja exposta a situações de risco na internet, os pais devem tomar alguns cuidados simples. O primeiro deles é o diálogo franco. “A internet é como uma grande praça pública, onde há coisas boas e ruins. Por isso a criança precisa ser conscientizada dos perigos da rede. O que não se pode fazer é proibir simplesmente, porque se isso ocorrer ela fatalmente vai acessar a internet na lan house ou na casa do amigo mais próximo”, diz Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.

Outra medida é impedir que o computador seja utilizado pela criança em espaços restritos a ela, como no quarto fechado. “O ideal é deixar o computador em cômodos ‘públicos’ da casa, como na sala, ou então deixar no quarto mas com a porta sempre aberta”, afirma a psicóloga Fabiana Faccin Hernandes.

Também é importante manter diálogo aberto com o filho adolescente sobre todos os temas, inclusive os mais espinhosos, como sexo. “Se ele não tem essa conversa dentro de casa, vai buscar na internet, e é aí que mora o perigo”, afirma a procuradora Priscila Costa, integrante do Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal.

Moderador

Para Nejm, todos os canais virtuais de bate-papo deveriam contar com moderadores, como ocorre na Europa. “Isso eliminaria a pedofilia desse ambiente”, afirma.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

OMG News : Vítimas de abuso em escolas católicas protestam na Irlanda

Sobreviventes de estupros e rituais de espancamento em escolas católicas marcharam silenciosamente nesta quarta-feira até o Parlamento irlandês, carregando sapatos de crianças e vestidos com fitas brancas simbolizando a juventude perdida.
A revelação de surras, trabalho escravo e estupros no agora extinto sistema irlandês de escolas industriais e de reforma envergonham o povo do país, particularmente os mais velhos, que não confrontaram o que um relatório no mês passado chamou de abuso endêmico.
"Era como se você estivesse dentro de uma prisão e, quando você sai, você não fala sobre isso", afirmou Marina Permaul, 66, que foi criada com "estilo militar" por freiras no condado de Galway, no oeste do país.
"Você não fala sobre isso nem com as suas crianças", disse Permaul, que chegou de Londres para participar da marcha. "Você fica muito envergonhada com isso tudo e, de qualquer forma, eles vão acreditar em você?
Você não ousa manifestar-se livremente contra uma ordem religiosa."Notícias locais informaram que cerca de 7.000 pessoas participaram da marcha, incluindo centenas de vítimas de abuso.
Os organizadores do protesto, organizado para coincidir com um debate parlamentar sobre o relatório, expressaram raiva quanto ao fato de que as conversas foram adiadas para permitir que o Parlamento avalie uma proposta de não confidência no governo.
"Isso realmente enfatiza novamente que o Estado não entendeu de fato uma iota do que isso significou para 165.000 crianças que estiveram em 216 instituições", afirmou a sobrevivente Christine Buckley."Estou muito desapontada", disse Buckley, que criou o Aislinn Centre, que dá apoio aos sobreviventes.
O inquérito, presidido pelo juiz da Corte Suprema Sean Ryan, criticou autoridades religiosas por cobrir os crimes e o Departamento de Educação por ser complacente com o silêncio.
A investigação também registrou que as crianças também eram alvos de pais adotivos, voluntários e funcionários.O relatório não identificou os agressores após uma bem-sucedida ação legal pelos Christian Brothers, que era o maior provedor de assistência residencial para garotos na Irlanda.
Uma série de escândalos envolvendo padres tiraram a Igreja Católica Romana de sua posição de primazia na sociedade irlandesa.
Ordens religiosas identificadas no relatório enfrentaram pressão para pagar indenização às vítimas. Um acordo de 2002 estabeleceu a contribuição em um fundo de retificação de 127 milhões de euros (177 milhões de dólares), mas o valor total deve ultrapassar 1 bilhão de euros.Buckley disse que o fundo de retificação era uma falha e pediu que sua indenização seja revista e um outro fundo, estabelecido.
Nos Estados Unidos, a arquidiocese de Los Angeles acertou o pagamento de 660 milhões de dólares a 500 vítimas, na maior indenização desse tipo.
Fonte: G1

sexta-feira, 22 de maio de 2009

OMG News : Inquérito denuncia abuso sexual ‘endêmico’ de meninos na Irlanda

Um inquérito realizado na Irlanda revelou que 1090 crianças alegam ter sofrido agressões em abrigos infantis, reformatórios e orfanatos católicos do país ao longo de 60 anos e que, em instituições para meninos, o abuso sexual foi "endêmico" no período.
Segundo a Comissão de Inquérito sobre Abuso Infantil, os menores sofreram violência física e abuso sexual em locais que chegaram a abrigar cerca de 35 mil crianças até os anos 80.
O relatório, que aborda a situação de mais de cem instituições religiosas investigadas ao longo dos últimos nove anos, concluiu que os líderes da Igreja sabiam sobre os abusos sexuais de meninos.
Além disso, segundo os depoimentos citados no documento, meninos e meninas das instituições apanhavam com tiras de couro por conversar durante as refeições ou por escreverem com a mão esquerda. "As escolas eram administradas de forma severa, impondo uma disciplina opressiva e não razoável às crianças e funcionários", diz o relatório.
A comissão foi criada em 2000 pelo então primeiro-ministro irlandês Bertie Ahern, que pediu desculpas em nome do Estado às vítimas de abuso infantil.
Um esquema de compensações do governo também foi estabelecido na época e, desde então, já pagou quase 1 bilhão de euros às vítimas.

ABUSOS "CHOCANTES"

Milhares de vítimas prestaram depoimento à comissão, que surgiu depois que uma série televisiva revelou a escala dos abusos.
A jornalista Mary Raftery, que realizou os programas, disse que a extensão dos abusos era "profundamente chocante". Segundo a jornalista, as crianças eram levadas para "casas de terror" e ficavam confinadas até completarem 16 anos. "Elas saíam de lá completamente perturbadas e muitas deixaram o país em seguida", conta.
"Elas sentiam que seu país as havia abandonado, assim como todo o resto, inclusive a religião."
O relatório propõe 21 formas de o governo se redimir dos erros cometidos no passado, incluindo a construção de um memorial, um serviço de acompanhamento psicológico para as vítimas, muitas já aos 50 anos, e a melhoria dos serviços de proteção à criança na Irlanda.
No mês que vem será divulgado um outro relatório sobre supostos abusos de padres católicos em paróquias perto de Dublin, capital da Irlanda.


Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MG News : Magno Malta comunica realização de ato contra a pedofilia no próximo dia 15 em Cuiabá

O senador evangélico Magno Malta (PR-ES) comunicou ao Plenário nesta terça-feira (5) a realização, no próximo dia 15, de ato contra a pedofilia em Cuiabá, capital do Mato Grosso.
O senador disse que o ato conta com o apoio da Assembleia Legislativa do estado e do senador Jayme Campos (DEM-MT).Magno Malta, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, voltou a comentar ter recebido em seu gabinete, na semana passada, o contador Jorgemar Pinto, pai do menino Kaitto, violentado e morto em Cuiabá, no dia 13.
Acompanhado por Jayme Campos e por outros parlamentares, o contador veio pedir ao presidente da CPI a intensificação dos trabalhos da comissão, de forma que sejam punidos com mais rigor os crimes sexuais que vitimem crianças e adolescentes.
Como o assassino confesso de Kaitto, Edson Alves Delfino, de 29 anos, já havia cometido crime semelhante e cumprido, em regime fechado, apenas 9 dos 46 anos a que foi condenado, Magno Malta disse que esse se tornou um caso exemplar da necessidade de endurecimento da legislação penal sobre abuso de crianças de 0 a 14 anos que, na opinião do senador, deveria passar para 30 anos de reclusão sem a chamada progressão de pena.

Catanduva

Magno Malta também comunicou que a Delegacia de Catanduva (SP) já concluiu a reforma de suas dependências que permitirá que as 78 crianças vítimas de abusos sexuais na cidade possam reconhecer seus abusadores através de um vidro sem serem vistas pelos criminosos.
O presidente da CPI da Pedofilia disse que a comissão está acompanhando o desenrolar dessas investigações.

Fonte: Agência Senado

terça-feira, 10 de março de 2009

Vítimas de pedofilia em Catanduva (SP) recebem acompanhamento psicológico

da Agência Brasil
Depois das denúncias da existência de uma rede de pedofilia na cidade de Catanduva (SP), as crianças que foram vítimas de abuso sexual e seus pais fazem hoje acompanhamento médico e psicológico para tentar superar o trauma e voltar às atividades habituais.
Apesar desse acompanhamento, que é feito uma vez por semana, muitas das crianças ainda não conseguem falar muito sobre o que ocorreu e apresentam um comportamento estranho ao que era comum antes dos abusos. "Eles estão muito revoltados.
A impaciência e a intolerância são ainda muito grandes", disse um jardineiro morador do Jardim Alpino, pai de três crianças uma de 10, outra de 8 e a última de 5 anos de idade todas vítimas de abusos sexuais.
Segundo a esposa dele, que é faxineira, uma das crianças também tem dificuldades para dormir. "Ele chora", diz ela, também chorando.
O pai disse que percebeu que os filhos estavam sendo vítimas de abusos sexuais em outubro do ano passado, quando as crianças apresentaram mudança no comportamento.
"Em outubro, o meu menino começou a ficar nervoso, a demonstrar nervosismo em casa. Não podia encostar [nos meus filhos] que eles já brigavam. E aqui em casa [o clima] sempre foi de harmonia. Começamos a notar que eles pioraram na escola. Minha menina não tinha mais coragem de ir ao banheiro sozinha, acordava à noite em desespero", relatou.
Tudo teria começado em julho, quando o filho mais velho o procurou dizendo que queria aprender a consertar bicicletas e a fazer pipas com um borracheiro da cidade, que foi mais tarde reconhecido pelas crianças como um dos abusadores e que hoje está preso em São José do Rio Preto.
Antes de autorizar o filho de frequentar o local, o jardineiro procurou o borracheiro, não percebendo nada de anormal, conversou com a esposa e ambos permitiram que ele fosse à borracharia, que fica próximo de onde moram.
"Para mim, ele [o filho] aprendendo a arrumar bicicleta e a fazer pipa, ele iria se distrair. Ele ia arrumar um tempo para ele, porque eu sinceramente não tinha esse tempo", contou.
Percebendo o comportamento estranho dos filhos, os pais passaram a perguntar o que estava ocorrendo, mas não obtinham resposta. "A gente perguntava e eles não falavam porque eram fortemente ameaçados."
Quando os sinais de abuso já eram evidentes, os pais decidiram procurar as autoridades locais para fazer a denúncia, mas tiveram dificuldades para registrar o caso na Delegacia da Mulher da cidade. Indignados e contando com a ajuda de uma organização não-governamental, eles optaram em chamar a atenção dos meios de comunicação, o que deu início a duas linhas de investigação policial.
Entre os depoimentos na polícia, o acompanhamento psicológico e as sessões de reconhecimentos dos criminosos e de casas onde teriam ocorrido os abusos, as crianças voltaram a frequentar a escola, mesmo com medo.
Segundo os pais das três crianças, tudo mudou na vida deles após os abusos. "Nossa convivência está bastante afetada", define o pai. "Para reparar tudo isso, vai levar um bom tempo".
Pedofilia
Na última quinta-feira (26),
quatro pessoas foram presas em Catanduva acusadas de envolvimento com a rede de pedofilia. Elas foram reconhecidas por meninos de 5 a 14 anos durante sessão na DIG (Delegacia de Investigações Gerais). A prisão temporária de cinco dias foi determinada pela juíza da Vara da Infância, Sueli Juarez Alonso.
No total, ao menos 23 crianças teriam sofrido abuso ou tido envolvimento com os acusados, mas só nove foram selecionadas para o reconhecimento. Apenas uma criança de seis anos não reconheceu nenhum acusado. As outras oito apontaram o sobrinho do borracheiro. Seis reconheceram os dois adolescentes.

Com Folha de São Paulo

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