Por DiarioWeb
A pedofilia corre solta nas salas rio-pretenses de bate-papo virtual. Na internet sem lei, pedófilos de Rio Preto seduzem crianças menores de 14 anos com convites que vão de um simples encontro até relações sexuais. “Vc sai hoje à tarde pra fazer um sexo?”, escreve um deles, em linguagem típica de internet. “Vou te levar pra um motel”, conclui em seguida.
Manter relações sexuais com menores de 14 anos, ainda que haja consentimento da vítima, é considerado estupro de vulnerável, crime previsto no Código Penal com penas que variam de oito a 15 anos de prisão. Mas o rigor da lei parece não aplacar a “caça” dos pedófilos na internet. Para comprovar a facilidade do aliciamento na rede, a reportagem do Diário criou uma isca, a personagem fictícia Daniela, uma menina de 12 anos moradora do bairro Boa Vista.
Basta entrar no chat de Rio Preto de um portal na internet com o apelido de “Dani_bzinha” ou “garotinha” que chovem convites para conversas reservadas. O alvoroço aumenta quando Dani revela ter 12 anos - idades reduzidas parecem ser um atrativo. Apenas um deles adverte: “Vc eh muito novinha. Cuidado na net”.
A personagem Dani conversou com quatro rapazes, com idades entre 19 e 25 anos. Apenas um se mostrou receoso. “Vc é muito novinha para mim amor (sic). Dá cadeia, pedofilia”, diz Gilson, que afirma residir no bairro Cristo Rei. Os outros três agendaram encontros com a menina, e compareceram: dois na praça da rua Campos Salles e um em frente à escola estadual Antonio de Barros Serra, todos na Boa Vista. A intenção do trio era transar com Dani.
João Paulo aguarda encontro em frente a escola: sem receio
Michel, que diz ter 24 anos e morar no Jardim Antunes, zona norte, é o mais direto deles. Em poucos minutos de diálogo pergunta a idade e os atributos físicos de Dani (1,6 metro, magra, morena clara). “Vc gosta d menina mais novinha?”, pergunta ela. “Gosto sim pq as novinhas sao mais safadinhas.” Michel parece ter pressa. Pergunta se a personagem é virgem e se ela se importa em sair com um homem casado, “que nao quer compromisso”. Logo emenda o convite: “Vc sai hj atarde pra fazer um sexo?” Dani sinaliza que sim, e o rapaz decide: “Vou te levar pra um motel”.
Ele quer ver Dani pessoalmente, e a reportagem marca um encontro com Michel em uma praça da Boa Vista para 11h45 da última quinta-feira. Ele diz que iria estar de moto, com calça e camiseta rosa. O pedófilo, um moreno de óculos e estatura média, cumpriu a palavra - deu três voltas ao redor da praça de moto, antes de ir embora.
Subnotificação
Nos últimos dois anos, o Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância (Crami) de Rio Preto atendeu seis menores vítimas de pedófilos na internet. O número é pequeno na comparação com o total de casos de estupro de vulnerável notificados pelos Conselhos Tutelares no período: 443. Isso ocorre porque, nos aliciamentos por meio virtual, a subnotificação é muito grande, segundo a psicóloga do Crami Fabiana Faccin Hernandes. “As famílias com um poucos mais de recurso costumam procurar ajuda na rede privada, e o caso nem chega ao nosso conhecimento.”
As seis vítimas atendidas pelo Crami têm entre 10 e 12 anos, e são todas meninas. Uma delas chegou a manter relações sexuais com o abusador. Os casos chegaram à entidade por meio dos próprios pais. “A criança abusada fica agressiva e retraída, e pode ter piora no desempenho escolar”, diz a psicóloga. A longo prazo, segundo ela, a vítima pode ter sua sexualidade retraída e desenvolver fobias. “Se a criança não for bem tratada, as marcas do abuso ficam para a vida toda”, diz.
‘O que pode ter pra você em um namoro?’
Diferente de Michel, Flávio, 25 anos, que diz ser dono de uma microempresa no bairro Alto Rio Preto, é mais cauteloso na conversa com a personagem Dani. Pergunta se “tem problema” ele ser “bem mais velho” e se os pais dela sabem que ela entra em chats na internet. “Fico com esse medo pois sou bem mais velho.”
Em poucos minutos de conversa Flávio pede para ir até a casa de Dani, já que ela diz estar sozinha. A reportagem sugere um bar, local público, mas o empresário recua. “As pessoas podem ver nos (nós) ne. (...) Ai (aí) da BO.” E dá nova investida: “Deixa eu perguntar uma coisa / o que em um namoro pode ter para vc?” Dani devolve a pergunta, e Flávio responde: “Em um namoro tem que ter carinho atençao, beijos gostoso, abraços gostoso fazer amor e etc e para vc?”.
Flávio e Dani combinam de se encontrar na praça da Boa Vista. Na hora marcada, ele está lá, de moto. Contorna várias vezes a praça antes de ir embora. No dia seguinte, a reportagem telefona para o empresário, que passou seu número de celular. Ele pergunta por que Dani não foi ao encontro. E busca marcar uma nova data.
João Paulo, 19 anos, desempregado, diz morar no bairro Maria Lúcia. Ele afirma gostar de “menina mais novinha”. Pergunta se Dani tem namorado e se ela é virgem. Em seguida sugere um encontro em frente à escola Antonio de Barros Serra, na Boa Vista. João, que aparenta ter mais idade, comparece no horário marcado. Na moto, o sinal característico que serviria de senha para Dani: um pequeno dado verde no aro das duas rodas.
Casos são subnotificados
Os Conselhos Tutelares de seis das sete maiores cidades da região registraram 235 casos de estupro de menores ao longo do ano passado, queda de 33% em relação às 353 ocorrências de 2010. A redução regional, porém, não significa uma queda real desse tipo de crime devido à subnotificação. Em todo o Brasil, nos três primeiros meses deste ano foram feitas 5.268 denúncias de material pornográfico infantil virtual à ONG Safernet, voltada ao combate de crimes na internet.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto não soube informar quantos foram presos ou indiciados por estupro de vulnerável em 2010 e 2011. Um dos inquéritos da DDM foi decorrente de denúncia feita pela mãe de um menino de 14 anos em março de 2009. Ela descobriu que o filho mantinha diálogos na internet com um homem de Frutal (MG). “Quero brincar com você”, disse o homem. No entanto, não foi possível chegar à identidade do homem, e o caso foi arquivado.
A delegada Dálice Ceron, titular da Delegacia de Defesa da Mulher
Software da PF rastreia material pedófilo
A arma mais eficaz da Polícia Federal para “caçar” pedófilos é um software especial, instalado em São Paulo e Brasília, que rastreia e identifica computadores que fazem download de conteúdo pornográfico infantil em programas como o Kazaa e o E-mule. O passo seguinte é solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico do computador, para que a operadora informe o endereço.
Graças a esse recurso a PF prendeu quatro na região desde 2009 por armazenar ou distribuir material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes - a Polícia Civil deteve outros três com base em denúncia. O crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pode resultar em até seis anos de prisão.
Um dos alvos do software da PF foi um investigador da Polícia Civil de Fernandópolis. Ele acabou denunciado à Justiça e exonerado do cargo.
Outros três foram alvos de operações especiais da Polícia Federal. Uma delas foi a Operação Laio, desencadeada em setembro de 2009, que prendeu em flagrante um administrador de empresas em Votuporanga, acusado de integrar uma rede de produção e divulgação, pela internet, de fotos e vídeos pornográficos com crianças distribuída por 23 países.
No entanto, segundo o delegado Cristiano Pádua, há programas que impedem o rastreamento do IP, espécie de carteira de identidade do computador. “Quando isso acontece fica a identificação fica muito difícil.” Muitas vezes o pedófilo é preso por descuido. Em maio de 2010, um carcereiro aposentado solicitou um backup do seu computador em uma loja especializada.
Após verificar que no equipamento havia várias fotos e vídeos com crianças em situações comprometedoras, o técnico denunciou o carcereiro à polícia, e ele acabou preso em flagrante. A Polícia Civil em Rio Preto não monitora os chats na internet, exceto em investigações específicas, segundo a delegada Dálice Ceron. “Não haveria estrutura para fazer um monitoramento genérico, sem uma denúncia”, diz.
Pais devem orientar sobre perigos
Para evitar que a criança seja exposta a situações de risco na internet, os pais devem tomar alguns cuidados simples. O primeiro deles é o diálogo franco. “A internet é como uma grande praça pública, onde há coisas boas e ruins. Por isso a criança precisa ser conscientizada dos perigos da rede. O que não se pode fazer é proibir simplesmente, porque se isso ocorrer ela fatalmente vai acessar a internet na lan house ou na casa do amigo mais próximo”, diz Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.
Outra medida é impedir que o computador seja utilizado pela criança em espaços restritos a ela, como no quarto fechado. “O ideal é deixar o computador em cômodos ‘públicos’ da casa, como na sala, ou então deixar no quarto mas com a porta sempre aberta”, afirma a psicóloga Fabiana Faccin Hernandes.
Também é importante manter diálogo aberto com o filho adolescente sobre todos os temas, inclusive os mais espinhosos, como sexo. “Se ele não tem essa conversa dentro de casa, vai buscar na internet, e é aí que mora o perigo”, afirma a procuradora Priscila Costa, integrante do Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal.
Moderador
Para Nejm, todos os canais virtuais de bate-papo deveriam contar com moderadores, como ocorre na Europa. “Isso eliminaria a pedofilia desse ambiente”, afirma.
A pedofilia corre solta nas salas rio-pretenses de bate-papo virtual. Na internet sem lei, pedófilos de Rio Preto seduzem crianças menores de 14 anos com convites que vão de um simples encontro até relações sexuais. “Vc sai hoje à tarde pra fazer um sexo?”, escreve um deles, em linguagem típica de internet. “Vou te levar pra um motel”, conclui em seguida.
Manter relações sexuais com menores de 14 anos, ainda que haja consentimento da vítima, é considerado estupro de vulnerável, crime previsto no Código Penal com penas que variam de oito a 15 anos de prisão. Mas o rigor da lei parece não aplacar a “caça” dos pedófilos na internet. Para comprovar a facilidade do aliciamento na rede, a reportagem do Diário criou uma isca, a personagem fictícia Daniela, uma menina de 12 anos moradora do bairro Boa Vista.
Basta entrar no chat de Rio Preto de um portal na internet com o apelido de “Dani_bzinha” ou “garotinha” que chovem convites para conversas reservadas. O alvoroço aumenta quando Dani revela ter 12 anos - idades reduzidas parecem ser um atrativo. Apenas um deles adverte: “Vc eh muito novinha. Cuidado na net”.
A personagem Dani conversou com quatro rapazes, com idades entre 19 e 25 anos. Apenas um se mostrou receoso. “Vc é muito novinha para mim amor (sic). Dá cadeia, pedofilia”, diz Gilson, que afirma residir no bairro Cristo Rei. Os outros três agendaram encontros com a menina, e compareceram: dois na praça da rua Campos Salles e um em frente à escola estadual Antonio de Barros Serra, todos na Boa Vista. A intenção do trio era transar com Dani.
João Paulo aguarda encontro em frente a escola: sem receio
Michel, que diz ter 24 anos e morar no Jardim Antunes, zona norte, é o mais direto deles. Em poucos minutos de diálogo pergunta a idade e os atributos físicos de Dani (1,6 metro, magra, morena clara). “Vc gosta d menina mais novinha?”, pergunta ela. “Gosto sim pq as novinhas sao mais safadinhas.” Michel parece ter pressa. Pergunta se a personagem é virgem e se ela se importa em sair com um homem casado, “que nao quer compromisso”. Logo emenda o convite: “Vc sai hj atarde pra fazer um sexo?” Dani sinaliza que sim, e o rapaz decide: “Vou te levar pra um motel”.
Ele quer ver Dani pessoalmente, e a reportagem marca um encontro com Michel em uma praça da Boa Vista para 11h45 da última quinta-feira. Ele diz que iria estar de moto, com calça e camiseta rosa. O pedófilo, um moreno de óculos e estatura média, cumpriu a palavra - deu três voltas ao redor da praça de moto, antes de ir embora.
Subnotificação
Nos últimos dois anos, o Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância (Crami) de Rio Preto atendeu seis menores vítimas de pedófilos na internet. O número é pequeno na comparação com o total de casos de estupro de vulnerável notificados pelos Conselhos Tutelares no período: 443. Isso ocorre porque, nos aliciamentos por meio virtual, a subnotificação é muito grande, segundo a psicóloga do Crami Fabiana Faccin Hernandes. “As famílias com um poucos mais de recurso costumam procurar ajuda na rede privada, e o caso nem chega ao nosso conhecimento.”
As seis vítimas atendidas pelo Crami têm entre 10 e 12 anos, e são todas meninas. Uma delas chegou a manter relações sexuais com o abusador. Os casos chegaram à entidade por meio dos próprios pais. “A criança abusada fica agressiva e retraída, e pode ter piora no desempenho escolar”, diz a psicóloga. A longo prazo, segundo ela, a vítima pode ter sua sexualidade retraída e desenvolver fobias. “Se a criança não for bem tratada, as marcas do abuso ficam para a vida toda”, diz.
‘O que pode ter pra você em um namoro?’
Diferente de Michel, Flávio, 25 anos, que diz ser dono de uma microempresa no bairro Alto Rio Preto, é mais cauteloso na conversa com a personagem Dani. Pergunta se “tem problema” ele ser “bem mais velho” e se os pais dela sabem que ela entra em chats na internet. “Fico com esse medo pois sou bem mais velho.”
Em poucos minutos de conversa Flávio pede para ir até a casa de Dani, já que ela diz estar sozinha. A reportagem sugere um bar, local público, mas o empresário recua. “As pessoas podem ver nos (nós) ne. (...) Ai (aí) da BO.” E dá nova investida: “Deixa eu perguntar uma coisa / o que em um namoro pode ter para vc?” Dani devolve a pergunta, e Flávio responde: “Em um namoro tem que ter carinho atençao, beijos gostoso, abraços gostoso fazer amor e etc e para vc?”.
Flávio e Dani combinam de se encontrar na praça da Boa Vista. Na hora marcada, ele está lá, de moto. Contorna várias vezes a praça antes de ir embora. No dia seguinte, a reportagem telefona para o empresário, que passou seu número de celular. Ele pergunta por que Dani não foi ao encontro. E busca marcar uma nova data.
João Paulo, 19 anos, desempregado, diz morar no bairro Maria Lúcia. Ele afirma gostar de “menina mais novinha”. Pergunta se Dani tem namorado e se ela é virgem. Em seguida sugere um encontro em frente à escola Antonio de Barros Serra, na Boa Vista. João, que aparenta ter mais idade, comparece no horário marcado. Na moto, o sinal característico que serviria de senha para Dani: um pequeno dado verde no aro das duas rodas.
Casos são subnotificados
Os Conselhos Tutelares de seis das sete maiores cidades da região registraram 235 casos de estupro de menores ao longo do ano passado, queda de 33% em relação às 353 ocorrências de 2010. A redução regional, porém, não significa uma queda real desse tipo de crime devido à subnotificação. Em todo o Brasil, nos três primeiros meses deste ano foram feitas 5.268 denúncias de material pornográfico infantil virtual à ONG Safernet, voltada ao combate de crimes na internet.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto não soube informar quantos foram presos ou indiciados por estupro de vulnerável em 2010 e 2011. Um dos inquéritos da DDM foi decorrente de denúncia feita pela mãe de um menino de 14 anos em março de 2009. Ela descobriu que o filho mantinha diálogos na internet com um homem de Frutal (MG). “Quero brincar com você”, disse o homem. No entanto, não foi possível chegar à identidade do homem, e o caso foi arquivado.
A delegada Dálice Ceron, titular da Delegacia de Defesa da Mulher
Software da PF rastreia material pedófilo
A arma mais eficaz da Polícia Federal para “caçar” pedófilos é um software especial, instalado em São Paulo e Brasília, que rastreia e identifica computadores que fazem download de conteúdo pornográfico infantil em programas como o Kazaa e o E-mule. O passo seguinte é solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico do computador, para que a operadora informe o endereço.
Graças a esse recurso a PF prendeu quatro na região desde 2009 por armazenar ou distribuir material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes - a Polícia Civil deteve outros três com base em denúncia. O crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pode resultar em até seis anos de prisão.
Um dos alvos do software da PF foi um investigador da Polícia Civil de Fernandópolis. Ele acabou denunciado à Justiça e exonerado do cargo.
Outros três foram alvos de operações especiais da Polícia Federal. Uma delas foi a Operação Laio, desencadeada em setembro de 2009, que prendeu em flagrante um administrador de empresas em Votuporanga, acusado de integrar uma rede de produção e divulgação, pela internet, de fotos e vídeos pornográficos com crianças distribuída por 23 países.
No entanto, segundo o delegado Cristiano Pádua, há programas que impedem o rastreamento do IP, espécie de carteira de identidade do computador. “Quando isso acontece fica a identificação fica muito difícil.” Muitas vezes o pedófilo é preso por descuido. Em maio de 2010, um carcereiro aposentado solicitou um backup do seu computador em uma loja especializada.
Após verificar que no equipamento havia várias fotos e vídeos com crianças em situações comprometedoras, o técnico denunciou o carcereiro à polícia, e ele acabou preso em flagrante. A Polícia Civil em Rio Preto não monitora os chats na internet, exceto em investigações específicas, segundo a delegada Dálice Ceron. “Não haveria estrutura para fazer um monitoramento genérico, sem uma denúncia”, diz.
Pais devem orientar sobre perigos
Para evitar que a criança seja exposta a situações de risco na internet, os pais devem tomar alguns cuidados simples. O primeiro deles é o diálogo franco. “A internet é como uma grande praça pública, onde há coisas boas e ruins. Por isso a criança precisa ser conscientizada dos perigos da rede. O que não se pode fazer é proibir simplesmente, porque se isso ocorrer ela fatalmente vai acessar a internet na lan house ou na casa do amigo mais próximo”, diz Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.
Outra medida é impedir que o computador seja utilizado pela criança em espaços restritos a ela, como no quarto fechado. “O ideal é deixar o computador em cômodos ‘públicos’ da casa, como na sala, ou então deixar no quarto mas com a porta sempre aberta”, afirma a psicóloga Fabiana Faccin Hernandes.
Também é importante manter diálogo aberto com o filho adolescente sobre todos os temas, inclusive os mais espinhosos, como sexo. “Se ele não tem essa conversa dentro de casa, vai buscar na internet, e é aí que mora o perigo”, afirma a procuradora Priscila Costa, integrante do Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal.
Moderador
Para Nejm, todos os canais virtuais de bate-papo deveriam contar com moderadores, como ocorre na Europa. “Isso eliminaria a pedofilia desse ambiente”, afirma.
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