quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mais uma derrota. Vereadora que tentou reeditar a PLC 122/06 caipira, pressionada, retira o projeto.

Pressionada por vereadores e líderes evangélicos, a vereadora Celi Regina (PT) foi obrigada a retirar o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que pretendia punir com multa e cassação de alvará o estabelecimento onde fosse registrado qualquer discriminação por raça, opção sexual, gênero etc. 

O entendimento de lideranças religiosas, principalmente evangélicos, é que a emenda de Celi poderia impedir a pregação e orientação contra o homossexualismo, o que, de acordo com a interpretação deles, poderia caracterizar, de acordo com a regra da petista, a discriminação. Celi tentou adiar a votação da proposta, mas foi convencida a retirar o projeto, já que a vista seria rejeitada e o projeto derrubado em plenário. 

A vereadora Karina Caroline (PRB), ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, encabeçou o movimento dos evangélicos e católicos contra a proposta. Além de Karina, Carlão dos Santos (SD), Eduardo Piacenti (PPS), Fábio Marcondes (PR), Cesar Gelsi (PSDB) e até Jean Charles (PMDB) se posicionaram contra a proposta.

Jean chegou a comentar que, realmente, o projeto de Celi dava margem a entendimentos contraditórios a respeito da discriminação em cultos e deixaria igrejas sujeitas às sanções da lei. Celi tentou, sem sucesso, convencer seus colegas de que a proposta não atingiria igrejas. Mas acabou desistindo. "Vou pedir a retirada por conta de equívocos no entendimento. Sou cristã. Jamais pensei ou escrevi algo que fosse contra a Bíblia. 

Jamais pensei tal aberração (censura à liberdade religiosa)", afirmou a petista, debaixo do protesto de pelo menos 30 pastores, de diferentes denominações, que acompanhavam a discussão das galerias. Pastores comemoraram a decisão. "A emenda dá a impressão que traz para nós mordaça no sentido de atender a própria comunidade. Tem mão que pede: 'pastor, ora por meu filho, que está se tornando homossexual'. Temos de fazer isso. 

Se houver lei que cria mordaça, que nos impede, como vamos atender a necessidade da população? Sem dizer o princípio bíblico da não conformidade com a homossexualidade", disse o pastor Idekim Cândido de Oliveira Júnior, da Igreja Ministério SOS Vida. "Vai contra a família tradicional. Tenta ferir esse modelo. Papel da igreja está em manter palavra de Deus. Temos de tratar como transtorno espiritual e mental."

Fonte: Diário Web

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