O estudante Mateus Moraes, de 13 anos, contou que as meninas eram o alvo do atirador o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. "Ele matava as meninas com tiros na cabeça. Nas meninas, ele atirava para matar. Nos meninos, os tiros eram só para machucar, nos braços ou nas pernas", disse o aluno, acrescentando que o atirador saiu da sala cinco vezes para recarregar as arma, e a ação durou cerca de cinco minutos.
O menino disse ainda que chegou a conversar com o atirador durante o ataque. "Estava no meio da aula de português quando ele apareceu. Só pedi a Deus para ele não me matar. E ele falou para eu ficar tranquilo que eu não ia morrer. Fiquei orando e pedindo a Deus para me guardar", disse o aluno do 7º ano.
Segundo o estudante, o alvo do atirador eram as meninas. "Ele matava as meninas com tiros na cabeça. Nos meninos, os tiros eram só para machucar, nos braços ou nas pernas", disse Mateus, acrescentando que o atirador saiu da sala cinco vezes para recarregar as arma, e a ação durou cerca de cinco minutos.
Mateus não sabe se conseguirá voltar à escola depois de sobreviver ao ataque. "Não sei se vou voltar aqui por causa das lembranças", disse o aluno, desolado.
Outros alunos também relataram momentos de pânico vividos no interior da escola na manhã desta quinta-feira (7).
A estudante Jade Ramos de Araújo, de 12 anos, disse que estava no meio de uma prova de Ciências quando começou a ouvir os disparos. "Todo mundo achou que era tiro, mas as professoras tentaram tranquilizar a turma", contou a menina.
Segundo ela, as crianças gritavam muito, mas as professoras pediam para fazerem silêncio. "Elas diziam: 'ele vai ficar nervoso, vai querer matar todo mundo'". Ao entrar nas salas, ainda segundo a menina, o atirador disse para que as crianças ficassem de frente para a parede. "Ele pedia para virarem de costas para a parede e falava que ia matar todo mundo. Foi nessa hora que alguns conseguiram fugir", relatou.
Nesse momento, de acordo com Jade, algumas crianças conseguiram correr em direção ao terceiro andar da escola. "Vi muito sangue nas escadas, crianças desmaiadas. Quando a gente subia tinha um bando de gente amontoada no chão. Os alunos foram pisoteados durante a fuga, as crianças iam fugindo subindo as escadas e algumas acabaram desmaiando", disse.
A menina contou ainda que contou com a ajuda do irmão, de 17 anos, para sair da escola. "Meu irmão veio me buscar, ele procurou de porta em porta. O atirador ainda estava vivo quando ele entrou e conseguiu me tirar daqui", falou.
'Fiquei nervosa, mas consegui fugir', conta aluna
"Fiquei muito nervosa, mas consegui fugir. Para me tranquilizar, fiquei desenhando na minha mão, desenhei uma casa", disse a menina Jade, que correu da escola levando apenas um lápis na mão e chegou em casa com o "tênis imundo de sangue".
Jade voltou à escola na tarde desta quinta (7) para tentar recuperar seus pertences e, principalmente, tentar falar com os policiais que a salvaram. "Vim para agradecer aos policiais porque ele ia matar todo mundo", completou.
Já o motorista de ônibus Elias Campista da Silva, disse que o sobrinho relatou que conseguiu fugir do atirador no momento em que ele recarregava uma de suas armas. "Ele correu na hora, escorregou numa poça de sangue, caiu e se machucou enquanto tentava fugir", contou o tio de Patrick da Silva Figueiredo, de 14 anos.
Veja a carta que o assassino deixou:
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Informações G1
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