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Por Cami França
O deputado Jean Wyllys (Foto) (PSOL-RJ), que notoriamente já tem se mostrado real inimigos dos “cristãos fundamentalistas”, como sempre ressalta ele, postou um texto em sua coluna para Carta Capital, trançando um paralelo entre a atual situação do Brasil de embrolhos políticos com o massacre praticado na Noruega.
Jean Wyllys, destaca em seu texto o fato do terrorista ‘Anders Behring Breivik’ se declarar cristão e afirma que este não é apenas um problema norueguês. “Em todo o Ocidente, a direita religiosa tem ganhado força e se expressado da maneira mais assustadora possível, ao menos para pessoas pautadas por princípios humanistas e minimamente a par das conquistas da ciência no último século”, diz ele.
Na visão de Jean Wyllys, quanto maior a ligação do Estado com a religião, mais este terá problemas em sua gestão.
Segundo ele, a Noruega está entre as sociedades menos religiosas do mundo e em contrapartida, indicadores da ONU a apontam como uma das mais saudáveis (em expectativa de vida, renda per capta, igualdade entre sexos, etc). O Deputado completa sua análise ressaltando que se nesta sociedade de bem estar-social, o cristianismo fundamentalista levou a Andres Behring Breivik praticar o massacre em Oslo, imagina o que poderá acontecer no Brasil, que segundo ele hoje as crenças dos cristãos conservadores tem exercido grande influência sobre o discurso público.
Algo disso já podem ser observados por aqui, como no recente massacre perpetrado por um cristão fanático na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro, no qual a velha mídia optou por não dar ênfase ao seu fanatismo cristão. Também está presente nas campanhas difamatórias orquestradas e tocadas por cristãos fundamentalistas nas redes sociais contra aqueles que defendem os direitos dos homossexuais e dos adeptos da umbanda e do candomblé, a legalização do aborto e a laicidade do Estado brasileiro. (Deputado Jean Wyllys – Carta Capital)
Em sua coluna compartilha que além das campanhas que segundo ele buscam o difamar, também recebe ameaças de morte de pessoas que se identificam como “transformadas por Cristo” justificando sua intolerância com versículos bíblicos.
O texto publicado nesta quinta-feira (27/07/2011) é mais uma exposição da revolta que o deputado tem contra o cristianismo. Ao final faz um apelo a cristãos para unirem-se as religiões minoritárias e aos ateus para agirem contra os atos e convicções da então nomeada direita cristã fundamentalista.
Fonte: Gospel+
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