Partidos procuram apoio de lideranças evangélicas para se elegerem
Durante a campanha presidencial de 2010, muito analistas acreditam que os evangélicos foram determinantes para a realização de um segundo turno. Questões como a legalização do aborto e o casamento homossexual passaram a ser debatidos também nos púlpitos. José Serra (PSDB) colocou inclusive líderes como Silas Malafaia e Valdomiro Santiago para falar durante o horário eleitoral na TV.
Além disso, Dilma Rousseff (PT) foi amplamente criticada pela ala conservadora do catolicismo, mas teve ao seu lado líderes da Assembleia de Deus, Renascer e outras denominações.
Para a eleição a prefeito deste ano, a maioria dos partidos já fazem uma aproximação, buscando atrair o voto da maior quantidade de igrejas possível. O assunto foi tema de uma reportagem publicada nesta segunda-feira pela “Folha de São Paulo”.
Em São Paulo, o Partido Social Cristão (PSC), próximo da Assembleia de Deus, e Partido Republicano Brasileiro (PRB), ligado à Igreja Universal, se uniram para lançar Celso Russomanno como seu candidato.
Lideranças de partidos maiores como PT, PSDB e PMDB também buscam uma aproximação com os religiosos, querendo que essa aliança dê uma melhor imagem para seus candidatos.
Fernando Haddad, pré-candidato do PT, e atual ministro da Educação, possivelmente terá dificuldades para conquistar o voto dos evangélicos por conta do polêmico “kit gay” que tentou distribuir nas escolas. Por outro lado, ele conta com o apoio de setores progressistas da Igreja Católica.
Para especialistas, as igrejas são alvo dos políticos porque o púlpito muitas vezes serve de palanque e os pastores têm público cativo.
“O pastor mantém a neutralidade o máximo que pode. Por que vai pedir voto antes da hora e correr o risco de alguém da congregação simpatizar com o adversário?”, explica o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM).
Segundo a Folha, as igrejas pentecostais são muito procuradas, em especial Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Renascer em Cristo e Igreja Mundial do Poder de Deus.
O motivo desse interesse político é a penetração das igrejas na periferia, onde um pastor geralmente já tem ascendência sobre os fiéis.
“Os pentecostais estão em regiões com nível de escolaridade menor, então é mais fácil construir um discurso”, diz o cientista político Cesar Romero Jacob. Isso não garante que pastores possam impor um “voto de cabresto religioso”. ”Em São Paulo, o peso das religiões é diminuído diante da força do PT e do PSDB. São os partidos que dão o tom da disputa na cidade”, diz Jacob.
Na eleição de 2008, por exemplo, Marta Costa (PSD) disputou a reeleição como vereadora tendo o apoio do seu pai, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus. Mesmo assim elegeu-se pelo DEM com apenas 40 mil votos, menos que os 50 mil conquistados pelo ex-judoca Aurélio Miguel (PSDB).
Segundo o sociólogo Antônio Flávio Pierucci, da USP, a maior influência das igrejas é o poder de veto. ”Não existe voto religioso no sentido de um grupo votar em quem o pastor manda, mas a religião pode levar o cidadão a não escolher determinado candidato que apoia bandeiras contrárias a sua fé”, explica.
Para ele, aborto e casamento gay não são temas municipais e por isso a mobilização dos religiosos se dará em outras frentes.
Durante a campanha presidencial de 2010, muito analistas acreditam que os evangélicos foram determinantes para a realização de um segundo turno. Questões como a legalização do aborto e o casamento homossexual passaram a ser debatidos também nos púlpitos. José Serra (PSDB) colocou inclusive líderes como Silas Malafaia e Valdomiro Santiago para falar durante o horário eleitoral na TV.
Além disso, Dilma Rousseff (PT) foi amplamente criticada pela ala conservadora do catolicismo, mas teve ao seu lado líderes da Assembleia de Deus, Renascer e outras denominações.
Para a eleição a prefeito deste ano, a maioria dos partidos já fazem uma aproximação, buscando atrair o voto da maior quantidade de igrejas possível. O assunto foi tema de uma reportagem publicada nesta segunda-feira pela “Folha de São Paulo”.
Em São Paulo, o Partido Social Cristão (PSC), próximo da Assembleia de Deus, e Partido Republicano Brasileiro (PRB), ligado à Igreja Universal, se uniram para lançar Celso Russomanno como seu candidato.
Lideranças de partidos maiores como PT, PSDB e PMDB também buscam uma aproximação com os religiosos, querendo que essa aliança dê uma melhor imagem para seus candidatos.
Fernando Haddad, pré-candidato do PT, e atual ministro da Educação, possivelmente terá dificuldades para conquistar o voto dos evangélicos por conta do polêmico “kit gay” que tentou distribuir nas escolas. Por outro lado, ele conta com o apoio de setores progressistas da Igreja Católica.
Para especialistas, as igrejas são alvo dos políticos porque o púlpito muitas vezes serve de palanque e os pastores têm público cativo.
“O pastor mantém a neutralidade o máximo que pode. Por que vai pedir voto antes da hora e correr o risco de alguém da congregação simpatizar com o adversário?”, explica o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM).
Segundo a Folha, as igrejas pentecostais são muito procuradas, em especial Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Renascer em Cristo e Igreja Mundial do Poder de Deus.
O motivo desse interesse político é a penetração das igrejas na periferia, onde um pastor geralmente já tem ascendência sobre os fiéis.
“Os pentecostais estão em regiões com nível de escolaridade menor, então é mais fácil construir um discurso”, diz o cientista político Cesar Romero Jacob. Isso não garante que pastores possam impor um “voto de cabresto religioso”. ”Em São Paulo, o peso das religiões é diminuído diante da força do PT e do PSDB. São os partidos que dão o tom da disputa na cidade”, diz Jacob.
Na eleição de 2008, por exemplo, Marta Costa (PSD) disputou a reeleição como vereadora tendo o apoio do seu pai, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus. Mesmo assim elegeu-se pelo DEM com apenas 40 mil votos, menos que os 50 mil conquistados pelo ex-judoca Aurélio Miguel (PSDB).
Segundo o sociólogo Antônio Flávio Pierucci, da USP, a maior influência das igrejas é o poder de veto. ”Não existe voto religioso no sentido de um grupo votar em quem o pastor manda, mas a religião pode levar o cidadão a não escolher determinado candidato que apoia bandeiras contrárias a sua fé”, explica.
Para ele, aborto e casamento gay não são temas municipais e por isso a mobilização dos religiosos se dará em outras frentes.
Fonte: Gospel Prime
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