“Em que falhamos” – perguntou o teólogo Mynor Herrera, da Igreja O Verbo, depois da morte de três motoristas de coletivos e um usuário de 85 anos durante a onda de violência que se abateu sobre a capital, em vários pontos, na semana passada.
O presidente da Guatemala Álvaro Colóm pediu calma à população e reconheceu, em discurso, que a situação de segurança está difícil na capital do país.
As manifestações de violência serviram de gancho a Herrera na conferência que apresentou aos integrantes da Sociedade Evangélica de Estudos Sócio-Religiosos. Na avaliação dele, a igreja falha no acompanhamento pastoral de cristãos que estão na política.
De 35 políticos cristãos por ele entrevistados, apenas um disse que teve acompanhamento pastoral para si e sua família.
“Os demais não o receberam, mesmo precisando, foram marginalizados pelas suas igrejas e, portanto, estão decepcionados”, disse o teólogo.Alguns desses políticos tinham a ilusão de contribuir com a sua congregação, contribuir na melhoria da qualidade de vida, “mas a igreja os separou e ficaram sozinhos, foram presa fácil de politiqueiros.
Sem acompanhamento pastoral, esses políticos, ao chegarem ao poder, são corrompidos pelo poder”, destacou Herrera.
Muitas vezes se pensa que cristãos precisam de pouca ajuda para desenvolver suas atividades pastorais com os políticos.
A situação é bem mais complexa, porque a falta de orientação política é geral.
Em muitos casos, pastores condenam a politicagem que acontece fora da igreja, essa é, contudo, a mesma prática dentro da igreja”, apontou o teólogo.
Os políticos cristãos devem ser vistos como pessoa com necessidades espirituais, recomendou Herrera.
Fonte: ALC
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