Bonecas que choram, gritam e falam não são nenhuma novidade. Agora uma loja turca lançou no mercado alemão bonecas especiais para crianças muçulmanas. Elas usam o véu islâmico e recitam versos do Alcorão.
Crianças, sobretudo meninas, adoram bonecas. Em todo o mundo, esse é o brinquedo mais procurado. Há modelos de Barbies, bonecas do tamanho de bebês e outras que sabem chorar, gritar e falar.
Agora chega ao mercado alemão uma oferta especial para crianças muçulmanas. A boneca Amena tem 25 centímetros, olhos castanhos claros, bochechas rosadas e um belo sorriso. Um véu muçulmano lilás com estampas floridas cobre seus cabelos pretos.
Aprendizado lúdico do islã
Ao apertar a palma das suas mãos ou os seus pés, a boneca recita trechos de preces muçulmanas. "Não há outro Deus a não ser Alá, e o profeta Mohammed é seu mensageiro", recita Amena. "Bismillari rahmanirahim" é uma outra frase que ela sabe falar: procuro o abrigo de Alá. A boneca também canta: "La ilahe illallah, Muhammede rasulallah"; e se apresenta: "Assalamaleikum, meu nome é Amena e sou muçulmana".
Com a boneca, as crianças podem não apenas brincar, mas também aprender algumas preces. Amena também explica o significado de alguns versos e orações, mas em inglês. A princípio, a boneca foi produzida para o mercado britânico, mas já virou um sucesso de mercado na Alemanha.
Hasan Muslan vende a boneca em uma loja turca de importação e exportação, em Krefeld. A demanda pelo brinquedo é grande e, regularmente, ele precisa fazer novas encomendas. O comerciante avalia que o brinquedo pode ensinar às crianças de forma lúdica um pouco dos costumes islâmicos.
"Não tive nada igual quando era criança. Tive que aprender o Alcorão sem receber muita ajuda", lembra Muslan. Para ele, esse jeito de aprender certamente cativa as crianças, tornando prazeroso o aprendizado do islã. "Espero que eles se tornem bons muçulmanos".
Em um jardim de infância perto da loja de brinquedos, alguns pais, em especial muçulmanos, compartilham a opinião de que o brinquedo é uma boa ideia. "Acho bom. Precisamos saber de onde viemos, e se uma boneca contribui para isso, porque não?", opinou um pai.
Ao ser questionada se a boneca poderia influenciar as crianças, uma mãe respondeu: "Influência? Não, por quê?". Para ela, as crianças se informam sobre o que está acontecendo ao seu redor. "Crianças são curiosas. A partir dos cinco anos, certamente já podem perguntar: 'por que elas usam véu?".
Medo da manipulação infantil
Mas a boneca não entusiasma a todos. Muitos pais não muçulmanos têm problemas com isso. Para eles, a religião é algo privado e não deveria ter espaço em um jardim de infância.
"Definitivamente, isso pode manipular as crianças. Sem dúvida!", advertiu um pai. "Isso é algo a ser apreciado com cuidado. Não quero dizer que deve ser proibido, mas tenho minhas dúvidas".
"Uma criança é mais suscetível para tais coisas. Por isso, é necessário ver com reservas a venda dessas bonecas", analisou uma outra mãe.
O cientista Michael Kiefer, especialista em islã, não acredita que as crianças possam ser manipuladas por bonecas como a Amena. "Isso pode até promover um tipo de diálogo inter-religioso entre as crianças, a ser moderado pelos educadores, levando-as a entender as diferentes religiões representadas no jardim de infância. Não há problema nenhum nisso, penso eu".
Fonte: DW World
Crianças, sobretudo meninas, adoram bonecas. Em todo o mundo, esse é o brinquedo mais procurado. Há modelos de Barbies, bonecas do tamanho de bebês e outras que sabem chorar, gritar e falar.
Agora chega ao mercado alemão uma oferta especial para crianças muçulmanas. A boneca Amena tem 25 centímetros, olhos castanhos claros, bochechas rosadas e um belo sorriso. Um véu muçulmano lilás com estampas floridas cobre seus cabelos pretos.
Aprendizado lúdico do islã
Ao apertar a palma das suas mãos ou os seus pés, a boneca recita trechos de preces muçulmanas. "Não há outro Deus a não ser Alá, e o profeta Mohammed é seu mensageiro", recita Amena. "Bismillari rahmanirahim" é uma outra frase que ela sabe falar: procuro o abrigo de Alá. A boneca também canta: "La ilahe illallah, Muhammede rasulallah"; e se apresenta: "Assalamaleikum, meu nome é Amena e sou muçulmana".
Com a boneca, as crianças podem não apenas brincar, mas também aprender algumas preces. Amena também explica o significado de alguns versos e orações, mas em inglês. A princípio, a boneca foi produzida para o mercado britânico, mas já virou um sucesso de mercado na Alemanha.
Hasan Muslan vende a boneca em uma loja turca de importação e exportação, em Krefeld. A demanda pelo brinquedo é grande e, regularmente, ele precisa fazer novas encomendas. O comerciante avalia que o brinquedo pode ensinar às crianças de forma lúdica um pouco dos costumes islâmicos.
"Não tive nada igual quando era criança. Tive que aprender o Alcorão sem receber muita ajuda", lembra Muslan. Para ele, esse jeito de aprender certamente cativa as crianças, tornando prazeroso o aprendizado do islã. "Espero que eles se tornem bons muçulmanos".
Em um jardim de infância perto da loja de brinquedos, alguns pais, em especial muçulmanos, compartilham a opinião de que o brinquedo é uma boa ideia. "Acho bom. Precisamos saber de onde viemos, e se uma boneca contribui para isso, porque não?", opinou um pai.
Ao ser questionada se a boneca poderia influenciar as crianças, uma mãe respondeu: "Influência? Não, por quê?". Para ela, as crianças se informam sobre o que está acontecendo ao seu redor. "Crianças são curiosas. A partir dos cinco anos, certamente já podem perguntar: 'por que elas usam véu?".
Medo da manipulação infantil
Mas a boneca não entusiasma a todos. Muitos pais não muçulmanos têm problemas com isso. Para eles, a religião é algo privado e não deveria ter espaço em um jardim de infância.
"Definitivamente, isso pode manipular as crianças. Sem dúvida!", advertiu um pai. "Isso é algo a ser apreciado com cuidado. Não quero dizer que deve ser proibido, mas tenho minhas dúvidas".
"Uma criança é mais suscetível para tais coisas. Por isso, é necessário ver com reservas a venda dessas bonecas", analisou uma outra mãe.
O cientista Michael Kiefer, especialista em islã, não acredita que as crianças possam ser manipuladas por bonecas como a Amena. "Isso pode até promover um tipo de diálogo inter-religioso entre as crianças, a ser moderado pelos educadores, levando-as a entender as diferentes religiões representadas no jardim de infância. Não há problema nenhum nisso, penso eu".
Fonte: DW World
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