Os episódios de transe em Cachoeira são um desafio à população local, muito simples, que sobrevive da agricultura. No pequeno distrito, além do prédio onde funcionam as escolas, há um posto médico, um cemitério e um centro comunitário. Os evangélicos estão representados no lugarejo pela Igreja Batista Betel, mas a maior parte da comunidade segue a religião católica e freqüenta a Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
Para desespero da população, foi justamente no pátio desta paróquia que a primeira aluna a manifestar o fenômeno, uma adolescente de 16 anos, voltou a apresentar os sintomas na última quinta-feira.
O episódio foi o segundo na semana passada, quando a direção da escola - que suspendera as aulas por sete dias - imaginava ter a situação já sob controle. E pode ter sido o motivo que levou as psicólogas que acompanhavam os estudantes a abandonar o caso. Na segunda–feira, três estudantes tinham entrado em transe – dois deles fora da escola.
- Ainda não sei o porquê, mas ficamos sem o acompanhamento. Acabei de saber que as psicólogas abandonaram o caso – disse Maria Eliane Dias, na sexta-feira, dia em que as aulas foram suspensas novamente no distrito.
Professor da faculdade de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), o psiquiatra Adalberto Barreto, em entrevista ao Ðiário do Nordeste, se ofereceu para ajudar a desvendar o que está por trás do fenômeno. O prefeito e a diretora ainda não falaram com o médico, mas anteciparam que vão aceitar a ajuda.
Fonte: Extra Online
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