A atriz Zezé Polessa será investigada em inquérito policial por suspeita de crime contra o Estatuto do Idoso. A Promotora de Justiça Christiane Monnerat determinou que a 32ª DP (Jacarepaguá) investigue a conduta da atriz, que destratou o motorista Nelson Anderson Lopes, de 63 anos, durante o trajeto para o Projac, na última segunda-feira. Após o ocorrido, Nelson deu entrada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, com infarto e morreu uma hora depois.
De acordo com a promotora, a investigação é alheia à vontade da família da vítima. “Eu, na condição de promotora, sou obrigada a investigar o caso. Preciso ouvir as testemunhas e a investigada (Zezé Polessa)”. Monnerat citou o primeiro parágrafo do artigo 96 do estatuto, que trata de humilhação, menosprezo e discriminação ao idoso e cuja pena prevê reclusão de seis meses a um ano e multa. A promotora disse, também, que, se for comprovado que a atriz tinha conhecimento da condição de cardiopata da vítima, ela pode ser denunciada por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). Monnerat esclareceu, ainda, que uma condenação traria benefícios para a família do motorista. “Se houver a condenação, a sentença serve de título para a família de Nelson receber indenização no juízo cível”, diz ela.
‘Eu não quero acusar a Zezé de nada, mas o que ela fez contribuiu, sim, para a morte dele’
Luciana Lopes, de 30 anos, filha de Nelson, conversou ontem com a coluna. Segundo Luciana, Nelson saiu para trabalhar na segunda-feira de manhã contra a vontade dela. “Ele não estava se sentindo muito bem e eu pedi que ele ficasse em casa. Mas meu pai teimou. Disse que ia buscar a Zezé Polessa rapidinho e que por volta do meio-dia já estaria em casa. Só que ele não voltou”, revelou. Luciana contou ainda que o pai ligou pra ela avisando que estava passando mal.
“Ninguém o socorreu. Ele foi sozinho até o Lourenço Jorge. Eu estava conversando com ele e ele me disse que não sabia se ia aguentar chegar até o hospital. Eu não quero acusar a Zezé de nada, mas o que ela fez contribuiu, sim, para a morte dele. Meu pai tinha pressão alta e acredito que ele tenha se sentido constrangido com a situação, o que agravou seu estado de saúde”, afirmou. Luciana disse que não tem vontade de encontrar Zezé Polessa. “Hoje, eu não gostaria de encontrar essa pessoa. Mas, se eu a encontrasse, pediria para ela rever as atitudes dela com os funcionários. Essa não foi a primeira vez que meu pai atendeu a atriz. Será que toda vez ele errou o caminho? Ou ela resolveu puni-lo por um único erro?”, desabafou. A filha do motorista também disse que seu pai tinha deixado a profissão de taxista para prestar serviço à Globo e estava satisfeito com o novo trabalho: “Meu pai estava muito feliz trabalhando com essa gente que eu nem quero conhecer”.
Nelson foi sepultado na tarde da última terça-feira, no Cemitério de Inhaúma. As despesas com o enterro foram pagas pela Globo. A atriz ainda não fez nenhum contato com a família do motorista.
De acordo com a promotora, a investigação é alheia à vontade da família da vítima. “Eu, na condição de promotora, sou obrigada a investigar o caso. Preciso ouvir as testemunhas e a investigada (Zezé Polessa)”. Monnerat citou o primeiro parágrafo do artigo 96 do estatuto, que trata de humilhação, menosprezo e discriminação ao idoso e cuja pena prevê reclusão de seis meses a um ano e multa. A promotora disse, também, que, se for comprovado que a atriz tinha conhecimento da condição de cardiopata da vítima, ela pode ser denunciada por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). Monnerat esclareceu, ainda, que uma condenação traria benefícios para a família do motorista. “Se houver a condenação, a sentença serve de título para a família de Nelson receber indenização no juízo cível”, diz ela.
‘Eu não quero acusar a Zezé de nada, mas o que ela fez contribuiu, sim, para a morte dele’
Luciana Lopes, de 30 anos, filha de Nelson, conversou ontem com a coluna. Segundo Luciana, Nelson saiu para trabalhar na segunda-feira de manhã contra a vontade dela. “Ele não estava se sentindo muito bem e eu pedi que ele ficasse em casa. Mas meu pai teimou. Disse que ia buscar a Zezé Polessa rapidinho e que por volta do meio-dia já estaria em casa. Só que ele não voltou”, revelou. Luciana contou ainda que o pai ligou pra ela avisando que estava passando mal.
“Ninguém o socorreu. Ele foi sozinho até o Lourenço Jorge. Eu estava conversando com ele e ele me disse que não sabia se ia aguentar chegar até o hospital. Eu não quero acusar a Zezé de nada, mas o que ela fez contribuiu, sim, para a morte dele. Meu pai tinha pressão alta e acredito que ele tenha se sentido constrangido com a situação, o que agravou seu estado de saúde”, afirmou. Luciana disse que não tem vontade de encontrar Zezé Polessa. “Hoje, eu não gostaria de encontrar essa pessoa. Mas, se eu a encontrasse, pediria para ela rever as atitudes dela com os funcionários. Essa não foi a primeira vez que meu pai atendeu a atriz. Será que toda vez ele errou o caminho? Ou ela resolveu puni-lo por um único erro?”, desabafou. A filha do motorista também disse que seu pai tinha deixado a profissão de taxista para prestar serviço à Globo e estava satisfeito com o novo trabalho: “Meu pai estava muito feliz trabalhando com essa gente que eu nem quero conhecer”.
Nelson foi sepultado na tarde da última terça-feira, no Cemitério de Inhaúma. As despesas com o enterro foram pagas pela Globo. A atriz ainda não fez nenhum contato com a família do motorista.
Fonte: Leo Dias
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