Uma empresa sediada nas Ilhas Caymam e ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, recebeu no exterior recursos de doleiros envolvidos no escândalo da Beacon Hill Service Corporation (Beacon Hill Service Corporation).
Segundo a Polícia Federal, eles utilizavam um sistema clandestino de remessa de recursos que não passa pelo controle do Banco Central, informou reportagem do jornal "Folha de S.Paulo".
De acordo com uma investigação nos EUA, a Beacon Hill, que encerrou as atividades em 2003 por pressão do governo americano sob a acusação de restransmissão ilegal de fundos e ocultar os donos do dinheiro, possibilitando a sonegação fiscal e evasão de divisas. A investigação americana sobre a Beacon Hill foi iniciada a partir das descobertas da PF brasileira no escândalo do banco Banestado.
Pelos registros da empresa, ao menos U$ 1,8 milhão saíram, entre 1997 e 1998 da conta "Titia", controlada por doleiros brasileiros como uma subconta da Beacon Hill no banco Chase Manhattan, para uma conta aberta em nome da Cableinvest Limited no Royal Bank of Scotland (Nova York). Boa parte destes recursos voltou, dia depois para o Brasil como empréstimo da Cableinvest para a Unimetro Empreendimentos em operações de câmbio e se tornou dinheiro de origem "limpa", segundo a reportagem.
O jornal diz ainda que o Ministério Público de São Paulo aponta essas duas empresas como algumas das principais, em denúncia acolhida pela Justiça, como supostas peças no desvio de recursos arrecadados junto aos féis da igreja. A Cableinvest foi fundada por líderes da igreja, incluindo o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que se desligou da empresa em 1999, um ano após as transações terem sido detectadas.
A reportagem informa que um inquérito foi aberto em 1999 com objetivo de apurar a responsabilidade penal dos diretores das duas empresas e como Crivella tem foro especial, o caso foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2006, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva, pediu o arquivamento do inquérito. O pedido, acolhido pelo ministro Ricardo Lewandowski, não tratou das remessas entre 1997 e 1998, mas de outra denúncia, anterior às movimentações da conta "Titia".
O senador Marcelo Crivella disse ao jornal que a empresa Cableinvest é assunto "vencido", citando a decisão do STF. O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus foi procurado, por telefone, mas não foi localizado.
Fonte: G1
Segundo a Polícia Federal, eles utilizavam um sistema clandestino de remessa de recursos que não passa pelo controle do Banco Central, informou reportagem do jornal "Folha de S.Paulo".
De acordo com uma investigação nos EUA, a Beacon Hill, que encerrou as atividades em 2003 por pressão do governo americano sob a acusação de restransmissão ilegal de fundos e ocultar os donos do dinheiro, possibilitando a sonegação fiscal e evasão de divisas. A investigação americana sobre a Beacon Hill foi iniciada a partir das descobertas da PF brasileira no escândalo do banco Banestado.
Pelos registros da empresa, ao menos U$ 1,8 milhão saíram, entre 1997 e 1998 da conta "Titia", controlada por doleiros brasileiros como uma subconta da Beacon Hill no banco Chase Manhattan, para uma conta aberta em nome da Cableinvest Limited no Royal Bank of Scotland (Nova York). Boa parte destes recursos voltou, dia depois para o Brasil como empréstimo da Cableinvest para a Unimetro Empreendimentos em operações de câmbio e se tornou dinheiro de origem "limpa", segundo a reportagem.
O jornal diz ainda que o Ministério Público de São Paulo aponta essas duas empresas como algumas das principais, em denúncia acolhida pela Justiça, como supostas peças no desvio de recursos arrecadados junto aos féis da igreja. A Cableinvest foi fundada por líderes da igreja, incluindo o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que se desligou da empresa em 1999, um ano após as transações terem sido detectadas.
A reportagem informa que um inquérito foi aberto em 1999 com objetivo de apurar a responsabilidade penal dos diretores das duas empresas e como Crivella tem foro especial, o caso foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2006, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva, pediu o arquivamento do inquérito. O pedido, acolhido pelo ministro Ricardo Lewandowski, não tratou das remessas entre 1997 e 1998, mas de outra denúncia, anterior às movimentações da conta "Titia".
O senador Marcelo Crivella disse ao jornal que a empresa Cableinvest é assunto "vencido", citando a decisão do STF. O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus foi procurado, por telefone, mas não foi localizado.
Fonte: G1
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