Sites que dão conselhos a quem está se divorciando também culpam Facebook |
REDE DO MAL
Pesquisa mostra que 66% dos advogados especializados em dívórcio já utilizam a rede social como fonte primária de evidência contra parceiros que traem
A era do batom no colarinho ou da conta de motel no cartão de crédito pode ser coisa do passado. Agora, um em cada cinco divórcios envolve a rede social Facebook. A pesquisa, realizada pela Academia Americana de Advogados Matrimoniais, mostra que 80% dos advogados especializados em divórcio reportaram um aumento no número de casos que usam a rede social como evidência de que o parceiro cometeu adultério.
Mensagens e fotos postadas no Facebook estão sendo citadas mais e mais como prova de “diferenças irreconciliáveis”. Muitos casos giram em torno de usuários que aproveitam a rede social para entrar em contato com antigos namorados ou namoradas dos quais não tinham ouvido falar há anos.
Pelo menos 66% dos advogados citaram o Facebook como fonte primária de evidência em um caso de divórcio. Em segundo lugar aparece o MySpace com 15% e o Twitter, 5%.
Para reforçar esses dados, há casos que ganharam as páginas das revistas de fofoca recentemente. A atriz Eva Longoria, da série de TV “Desperate Housewives”, separou-se do jogador de basquete Tony Parker, após alegar que ele a havia traído com uma mulher com quem mantinha contato via Facebook.
Nos Estados Unidos, o reverendo Cedric Miller, da Igreja Fraternidade Cristã do Mundo Vivo em Nova Jersey, chegou a chamar o Facebook de “portal para a infidelidade” e pediu que todos os membros da congregação fechassem suas contas. Segundo ele, 20 casais da igreja haviam quebrado seus votos de “até que a morte os separe” através do site. Curiosamente, ele mesmo teve que engolir o que disse: suas próprias transgressões - incluindo sexo a três - vieram a público via Facebook. Em função disso, ele teve que tirar uma licença.
Os resultados do levantamento são bem semelhantes a uma pesquisa feita por um escritório de direito no Reino Unido, mostrando que 20% das petições de divórcio colocavam a culpa de infidelidades no Facebook.
"Quanto mais as pessoas continuam dividindo aspectos de sua vida nas redes sociais, elas ficam mais abertas a um escrutínio de sua vida pública e privada e podem cair em situações como essa", afirmou Marlene Eskind Moses, da Academia Americana de Advogados Matrimoniais, ao jornal britânico "Daily Mail".
"Se você está atravessando um processo de divórcio e postou informações que vão contradizer algo que foi dito em documentos legais, é claro que poderá ser usado como evidência contra você".
Pastor que proibiu Facebook admite ter participado de sexo a três com esposa e secretária
O líder religioso que proibiu que pastores de sua igreja usassem o Facebook para evitar problemas matrimoniais admitiu ter mantido relações a três com sua mulher e um amante. Cedric Miller havia ordenado a todos os pastores da “Living Word Christian Fellowship Church” que cancelassem suas contas no Facebook afim de evitar o contato com parceiros do passado, evitando desgastes no casamento atual.
O terapeuta de casais Terry Real disse que, na maioria dos casos, as pessoas usam o Facebook para criar uma "vida de fantasia" e escapar da aridez do dia a dia. "O que é mais atraente, uma pessoa que está longe e com quem se pode sonhar ou aquela com a qual você tem que discutir as contas da casa?", disse ao programa "ABC News", da televisão americana. Real enfatizou, porém, que é errado colocar a culpa no Facebook. "Antes era o e-mail e antes disso, o telefone. A culpa não é do Facebook é da falta de amor".
O site Friends Reunited também enfrentou acusações semelhantes quando foi lançado – já que seu objetivo era ajudar pessoas a se reconectar com antigos colegas de escola. Agora que o Facebook tem mais de 500 milhões de usuários, o seu efeito acaba sendo maior nos índices de divórcio.
Com informações Época / TV i24
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