O Banco Central informou ainda que as novas cédulas atenderão a uma demanda dos deficientes visuais. (Foto: Divulgação) |
As novas cédulas que entram em circulação hoje vão custar mais caro para serem produzidas.
Segundo o Banco Central (BC), a nota de R$ 50 custará 32% a mais do que o valor gasto para produzir a cédula da primeira família do real, que foi de R$ 180,48 por milheiro de cédulas. No caso da nota de R$ 100, o custo é 37,1% maior do que o da primeira família. Segundo o BC, o aumento “é devido à aquisição de insumos mais sofisticados de segurança”.
A durabilidade das novas notas de R$ 50 e R$ 100 é semelhante à da primeira família, em média de três anos e oito meses e cinco anos, respectivamente.
A segunda geração da família de cédulas do real começa a entrar em circulação, por meio dos bancos, amanhã. Segundo a assessoria de imprensa do BC, cada banco vai definir como será feita a distribuição das novas notas.
Em 2011, será a vez das notas de R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas notas de maior valor são as que demandam maior proteção contra tentativas de falsificação e, por isso, estão sendo lançadas antes das demais. Mais de 70% das cédulas falsas apreendidas no país são de R$ 50 e de R$ 100.
“As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural”, informou o BC, em nota.
Na página do banco na internet, a autoridade monetária avisa que “não há necessidade de trocar as notas antigas por novas na rede bancária, pois as duas famílias conviverão em circulação por prazo indeterminado”.A necessidade de dar mais segurança às notas foi a justificativa do BC para a criação da nova família de dinheiro de papel. “Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos”.
Para lançar as novas cédulas, a Casa da Moeda teve que investir em equipamentos de impressão, pois as atuais cédulas são impressas em máquinas com mais de 30 anos de uso.
Segundo o BC, “os novos equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos e com maior precisão, aumentando a percepção de um material de qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira família – como a marca d’água e o número escondido – foram redesenhados de modo a facilitar a sua verificação pela população”.
Outra mudança está na diferença de tamanho das notas, para garantir o uso seguro pelos deficientes visuais. Além disso, a adoção de tamanhos diferenciados inibe a tentativa de falsificação por lavagem química, uma técnica que consiste em apagar a impressão de uma nota de menor valor e imprimir no papel-moeda lavado a estampa de uma nota de maior valor.
Os deficientes visuais também poderão contar com as marcas táteis, que são barras em alto-relevo localizadas no canto direito inferior das notas.
Segundo o BC, nas notas de R$ 50 e de R$ 100 “a maior novidade é a faixa holográfica, composta por desenhos descontínuos que, ao serem movimentados, apresentam efeitos de alternância de cores e formas”. Os demais elementos de segurança também são de fácil visualização: marca d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal, e o número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos.
Fonte: INFO online
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