Líderes palestinos convocaram na quinta-feira uma greve geral de um dia e advertiram sobre a possibilidade de mais protestos nas ruas de Jerusalém, onde confrontos na mesquita de Al-Aqsa há duas semanas aumentaram as tensões na disputada cidade.
Israel tem minimizado as advertências palestinas de que a sua tática de segurança corre o risco de deflagrar um novo levante palestino. Um enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) que visitou a mesquita na quinta-feira, porém, disse que a situação permanece instável, embora menos tensa.
"Está claro que a situação ainda não está resolvida, mas as tensões decerto diminuíram," afirmou o coordenador especial da ONU Robert Serry em um comunicado. "Todos com quem falei me garantiram que desejam ver a calma restabelecida."
"Não podemos permitir um novo surto de violência ou deixar que os extremistas estabeleçam a agenda," disse Serry. "Precisamos por fim à incitação vinda de qualquer parte, assim como a cessação das ações provocativas no local."
O complexo que abriga a mesquita é um lugar sagrado para muçulmanos e judeus e um foco frequente de tensão. As forças de segurança israelenses controlam o acesso à área e regularmente proíbem a entrada de jovens muçulmanos no sítio sagrado da Cidade Velha de Jerusalém, alegando razões de segurança.
A tensão aumentou há duas semanas, quando a polícia e manifestantes entraram em confronto perto da mesquita de Al-Aqsa na véspera do feriado judaico do Yom Kippur. Ainda não está claro o que deflagrou o incidente, mas houve uma briga por causa do acesso ao local sagrado.
O reforço do policiamento israelense e um número relativamente pequeno de manifestantes palestinos vinham mantendo a violência sob controle desde setembro último.
A facção Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, convocou uma greve geral na sexta-feira em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, enquanto os líderes palestinos advertiam para a possibilidade de confrontos antes das orações de sexta-feira na mesquita.
Fonte: Reuters
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