O cientista americano John Craig Venter, considerado o pai do genoma humano, reconheceu que seu ambicioso projeto de criar vida a partir de um cromossomo artificial é mais difícil que pensava.
"O projeto de introduzir um cromossomo artificial em uma célula e despertá-lo para a vida é mais difícil que pensei. Mas superamos todos os obstáculos e, por isso, sigo sendo otimista", assegurou Venter, em entrevista publicada hoje pelo jornal austríaco "Der Standard".
Um grupo de cientistas do John Craig Venter Institute conseguiu criar o primeiro cromossomo sintético, o que é considerado um avanço rumo à criação de microorganismos capazes, por exemplo, de produzir biocombustíveis e de ajudar a limpar o meio ambiente.
Os cientistas transplantaram esse cromossomo em uma célula bacteriana à espera de alcançar o controle do organismo, algo que ainda não ocorreu, segundo Venter.
Um dos problemas é que o pequeno código genético do cromossomo sintético evolui muito lentamente e, por isso, Venter já está trabalhando em "um genoma muito maior. Isto teria a vantagem de que as células cresceriam muito mais rápido", segundo ele.
O cientista também rejeitou as críticas de que esteja brincando de ser Deus e disse que se trata de uma "acusação falsa".
"Não vamos criar vida a partir do zero. Pegamos o material da vida, os pares de bases do DNA, e só colocamos estas peças em uma nova ordem. Construímos sobre a base de mais de três mil milhões de anos de evolução", destacou.
Venter ressaltou ainda a importância de trabalhar neste campo "para criar organismos que solucionem os problemas mais urgentes do mundo".
"Experimentamos sempre com genomas, embora fosse de forma cega. (...) A população mundial aumentará nas próximas quatro décadas provavelmente para nove bilhões de pessoas. E deverão ser alimentados, precisarão de casas e energia", disse.
A empresa do cientista, a Synthetic Genomics, está trabalhando com a multinacional petrolífera Exxon para criar algas que sejam capazes de produzir em menos de dez anos "bilhões de litros de combustível".
Mas a questão para Venter é se o preço deste biocombustível será vantajoso se comparado com o do petróleo.
Fonte: EFE
"O projeto de introduzir um cromossomo artificial em uma célula e despertá-lo para a vida é mais difícil que pensei. Mas superamos todos os obstáculos e, por isso, sigo sendo otimista", assegurou Venter, em entrevista publicada hoje pelo jornal austríaco "Der Standard".
Um grupo de cientistas do John Craig Venter Institute conseguiu criar o primeiro cromossomo sintético, o que é considerado um avanço rumo à criação de microorganismos capazes, por exemplo, de produzir biocombustíveis e de ajudar a limpar o meio ambiente.
Os cientistas transplantaram esse cromossomo em uma célula bacteriana à espera de alcançar o controle do organismo, algo que ainda não ocorreu, segundo Venter.
Um dos problemas é que o pequeno código genético do cromossomo sintético evolui muito lentamente e, por isso, Venter já está trabalhando em "um genoma muito maior. Isto teria a vantagem de que as células cresceriam muito mais rápido", segundo ele.
O cientista também rejeitou as críticas de que esteja brincando de ser Deus e disse que se trata de uma "acusação falsa".
"Não vamos criar vida a partir do zero. Pegamos o material da vida, os pares de bases do DNA, e só colocamos estas peças em uma nova ordem. Construímos sobre a base de mais de três mil milhões de anos de evolução", destacou.
Venter ressaltou ainda a importância de trabalhar neste campo "para criar organismos que solucionem os problemas mais urgentes do mundo".
"Experimentamos sempre com genomas, embora fosse de forma cega. (...) A população mundial aumentará nas próximas quatro décadas provavelmente para nove bilhões de pessoas. E deverão ser alimentados, precisarão de casas e energia", disse.
A empresa do cientista, a Synthetic Genomics, está trabalhando com a multinacional petrolífera Exxon para criar algas que sejam capazes de produzir em menos de dez anos "bilhões de litros de combustível".
Mas a questão para Venter é se o preço deste biocombustível será vantajoso se comparado com o do petróleo.
Fonte: EFE
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