sexta-feira, 30 de outubro de 2009

OMG Entrevista : Ditadura Gay - O movimento homossexual

Desde 1998, quando seu livro "O movimento homossexual" foi lançado pela Editora Betânia, Julio Severo começou a chamar a atenção. Ele se posiciona como um crítico ferrenho do comportamento gay, que combate com argumentos religiosos, sociológicos e políticos. Diferentemente de outros cristãos, que fazem da própria trajetória a motivação para sua militância, Severo, de 43 anos, garante que nunca teve qualquer envolvimento com a homossexualidade – é casado e pai de três filhos – e se diz um ativista pró-família, chamado para salvar o Brasil de uma “ditadura homossexual”. Segundo o próprio, a atividade tem lhe causado muitas dores de cabeça: “Sou alvo de todo tipo de ataque. Ameaças, xingamentos”.
O blog que mantém, e que é o principal veículo de divulgação de suas ideias, já chegou a ser tirado do ar a partir de denúncias de entidades de defesa dos direitos da comunidade gay, que o acusam de homofóbico. Severo diz que a pressão foi tanta que ele teve que deixar o Brasil no fim de março. Ele não revela o lugar onde está de jeito nenhum. “Seria perigoso para mim e para minha família”, justifica. Lá, afirma que tem frequentado uma igreja “muito humilde” e se mantido graças à ajuda que recebe de colaboradores e instituições que o apoiam.
Severo é daqueles crentes quixotescos, disposto a lutar contra moinhos que talvez só ele consiga enxergar. Nas suas palavras, até mesmo o governo brasileiro teria interesse em pedir sua deportação por conta das críticas que faz a Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente faz defesa intransigente do homossexualismo e do aborto. Quanto ainda falta para considerarmos Lula e seu governo como possessos? Ele está acabando com a moralidade e a honestidade da sociedade”, dispara. O tom histriônico dá ao perfil de Julio Severo um contorno incendiário que ele faz questão de alimentar, e não apenas quando fala da homossexualidade. Ele defende, por exemplo, o direito de os pais crentes educarem seus filhos em casa (prática proibida pela legislação brasileira) como forma de mantê-los a salvo de supostas influências perniciosas da escola. Além disso, diz que o casamento é a solução contra a promiscuidade sexual entre os jovens evangélicos. “Querem sexo? Então, que se casem”, prega Severo, para quem as famílias não deveriam estimular seus filhos a postergar o matrimônio em busca de qualificação educacional e profissional, e sim, fazer justamente o contrário. É provável que poucos crentes concordem com ele, mas Severo avisa: “Quando meu livro foi publicado, muitos o acharam exagerado. Quem leu, hoje me chama de profeta.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails