Um alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o aumento do risco de câncer em consequência do uso prolongado de telefones celulares causou grande preocupação na população americana.
"Fiquei realmente assustado. Em geral, eu falo pelo viva-voz e só uso o celular em casos de emergência, mas fico preocupado com os meus filhos", afirmou à AFP Milite Andom, um vendedor de 49 anos e pai de adolescentes.
"Eles (os filhos) falam muito ao celular. Conversei bastante com eles a respeito desta notícia mas eles não quiseram me adr importância", lamentou.
A Agência para a Investigação sobre Câncer da OMS anunciou na terça-feira que os campos de radiofrequência eletromagnéticos gerados pelos celulares "podem causar câncer nos seres humanos".
Nos últimos anos, a vida de muitas pessoas mudou drasticamente com o uso dos celulares, ao ponto de muitos passarem horas do dia com os ouvidos colados aos aparelhos. Não são poucos os casos de usuários agora usam apenas os telefones móveis, em detrimento da telefonia fixa.
Existem atualmente no mundo cerca de cinco bilhões de celulares. De acordo com empresas do setor, a venda de novos aparelhos aumenta 32% a cada ano.
Os usuários agora ficam divididos entre os cuidados com a saúde e o uso dos celulares, que se mostra necessário e constante para muitas pessoas.
"Temos que preservar nossa saúde, mas o mundo dos negócios se rege por regras que nem sempre nos permite fazer isso", considerou Michael Harri, um empresário da construção civil de 41 anos.
Alguns usuários, que se mostram pouco dispostos a mudar seus hábitos, esperam que algum outro pesquisador apareça para contradizer o estudo da OMS.
"Talvez em duas semanas seja divulgado um estudo contrário às conclusões da agência", especula Nick Bolden, um bancário de 25 anos.
Os centros de controle de enfermidades dos Estados Unidos sustentam que até o momento não existem pesquisas científicas que de fato comprovem a relação entre o uso de celulares e o aparecimento do câncer, mas consideram "bastante sério" o novo comunicado da OMS.
"Levamos em conta a gravidade do assunto pois trata-se de uma pesquisa muito séria. Nossos pesquisadores vão examinar este novo estudo com bastante cuidado", garantiu Bernadette Burden, porta-voz de um centro com sede em Atlanta.
Fonte: UOL
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