Ao invés de manchas em um vestido, as provas do escândalo sexual de outro político americano são alguns posts no Twitter.
Essa semana, o deputado democrata Anthony Weiner, finalmente, admitiu ter enviado uma foto de si mesmo usando apenas uma cueca na rede de microblogs.
Mais um que caiu nas artimanhas do sexting. O neologismo (feito da combinação entre as palavras sex e texting) refere-se à prática de enviar imagens com conteúdo sensual ou erótico via celular ou internet.
Comum entre adolescentes (em 2009, falava-se até de que a prática tinha virado uma febre entre menores de 18 anos nos Estados Unidos), o sexting está entrando também no mundo dos adultos. E, com isso, promete manchar alguns bons currículos por aí e até levar o praticante para a justiça, dependendo do caso e contexto.
"Em si, praticar o sexting com fotos próprias não é crime quando se trata de um adulto, mas se enviada por um menor caracterizará Ato Infracional", afirma a advogada Cristina Sleiman, especializada em Direito Digital. O problema é a repercussão que a publicação dessas imagens pode ter para a sua carreira.
O caso de Wainer é emblemático. Apesar de não ter contato físico (como outros escândalos sexuais de políticos americanos), existem provas irrefutáveis do fato. E em algumas delas, ele está quase nu.
"Essas imagens são mais viscerais do que recibos de hotéis", afirma articulista em matéria do jornal The New York Times referindo-se a outros escândalos do tipo. Talvez por isso, acredita-se que levará um tempo até que os eleitores americanos se esqueçam do fato.
E é a esse ponto que muitos praticantes do sexting não ficam atentos. "O grande risco das redes sociais é a impossibilidade de antever o futuro a médio prazo", diz André Asseff, diretor de operações da Desix. "É preciso uma racionalização do uso da rede".
Até existem meios para retirar determinados tipos de conteúdo da internet. Mas nem sempre isso é possível.
Fonte: Guia-me / exame.com
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