quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pr Márcio Valadão conta como foram os últimos 40 anos


Quatro décadas marcadas por sucessivos avanços

De 10 em 10 anos é natural que a vida de uma pessoa mude, tome novos rumos, alce outros voos. Nas últimas quatro décadas, a IBL viveu sob a batuta do pastor Márcio e a visão que Deus lhe deu. Em entrevista exclusiva, perguntei-lhe o que marcou em especial cada uma das quatro décadas de seu ministério à frente da Lagoinha. Com sua peculiar tranquilidade em responder, o pastor Márcio resume os fatos, opina, e revela as fórmulas que levaram uma igreja de 300 pessoas a ter hoje mais de 50 mil membros em 40 anos – média de 12 mil novos membros por década.
 Anos 70
“Os anos 70 foi para mim como se fosse aquele período da Inglaterra em que o povo ficou esperando o rei voltar – essa é a história do Ricardo Coração de Leão. Eu tinha e tenho um amor muito grande pelo pastor José Rego do Nascimento. Quando eu vim para a igreja não havia um culto em que não orássemos pela volta e a melhora da saúde do pastor José Rego. Eu sempre achava que ele voltaria, pois eu me considerava a pessoa menos qualificada para estar naquela posição de liderança. O pastor José Rego foi um homem que abalou o Brasil. Ele ainda é vivo. Eu já ouvi muitos pregadores bons, mas nunca alguém como ele. Nos anos 70, portanto, eu tinha a expectativa que ele voltaria, e que quando voltasse, o púlpito seria novamente dele. Mas depois de 10 anos cheguei à conclusão que ele realmente não voltaria mais. Esses anos também foram importantes por causa do meu casamento e nascimento dos meus filhos. Meu casamento com Renata aconteceu em 1975 e foi celebrado pelo mesmo pastor que orou na minha posse, pastor Achilles Barbosa Júnior.”
 Anos 80

“Os anos 80 foi o período de avanço evangelístico porque começamos a abrir igrejas, tal qual a Assembléia de Deus, em que as congregações nunca se emancipam da sede. Em meados da década já éramos cerca de 60 igrejas. Só em 1986 abrimos 15 igrejas; mais de uma por mês. Tínhamos igrejas em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, e aqui. Eu viajava e cuidava dessas igrejas junto com outro colega pastor. Éramos em torno de 5 mil membros. Então percebi que boa parte do meu tempo era consumido mais fora do que aqui, e que tanto a minha vocação quanto a da igreja não era se transformar numa denominação. Foi quando emancipamos todas as igrejas, de uma só vez, em 21 de abril de 1987. Queríamos investir nos membros para que eles pudessem fazer a obra dos ministérios. A nossa sede ficou com pouco mais de mil membros e passamos a investir noutra direção: grupos pequenos.”
 Anos 90
“Os anos 90 foram marcados pelo investimento nos grupos de crescimento. Para me ajudar nisso chamei o pastor Jonas Neves que foi enviado para todos os lugares onde havia grupos a fim de aprender tudo sobre o assunto. Ele foi pra Coreia, Argentina, Goiânia, Porto Alegre. Então, crescemos e nosso espaço já não cabia mais as pessoas. A história da conquista de cada pedacinho de terra é muito linda. Foi uma batalha violenta até chegarmos à vitória. Em 1999, também tivemos contato com o pessoal de Manaus, do René Terra Nova, e eu fui lá em junho e outubro daquele ano. Foi logo no início do movimento que me incendiou muito o coração. Uma visão de conquista.”
 Anos 2000
“Os anos 2000 foi um tempo de conquista. Na passagem de década, o surgimento do Diante do Trono foi um marco. Na época, já éramos um grupo grande com quase 7 mil membros que se multiplicou sem parar. O Ministério Diante do Trono começou em 1998 e foi um marco muito forte na história da igreja. Ele trouxe uma exposição nacional enorme da igreja. O Diante do Trono era de casa, com uma filha, a Ana Paula, então era tão familiar que não tinha como medirmos a sua relevância. Essa medição, no entanto, veio através de um congresso de pastores chamado ‘Transformação’ que aconteceu em 2001 aqui na Lagoinha. Vieram mais de 7 mil pastores do Brasil. Nunca havia acontecido isso. Daí começamos a compreender a dimensão do DT. Não me lembro bem a data em que lancei o alvo de ganhar 10% de Belo Horizonte, mas sei que foi nos anos 2000, contudo, a inspiração veio desde 1991, quando fui no Haggai – lá uma das coisas fortes é a questão dos alvos – de onde eu trouxe e implantei para a igreja o sistema de alvos. Até então nós não tínhamos alvos.”

:: Por Atilano Muradas

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